quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Descrenças

O que for e o que há de ser, só será representado no fim dos tempos. Até adianta de alguma forma a procura, a busca e a equivalência, mas esta loucura não terá um término até que tudo se acabe de vez. E todos vão querer caminhar sobre a terra novamente, até os que fugiram da vida. Eles desejam ver aquilo pelo que se viveu e pelo que se lutou. Querem ver o desfecho da história pela qual tantas vidas definharam e tanta energia foi desperdiçada.
Não se preocupe, crianças. Não há o que temer exatamente por não haver como lidar com isso. Mesmo que vocês não entendam, não sintam medo. Estiquem suas mãos e apertem-no. Não é estranho? Vocês querem saber o que é isso? Todos querem.
Os adultos o encararão como o salvador e alegarão que, por toda sua vida, esperaram seu retorno. Não é como se isso fosse mentira, mas não passa nem perto da verdade. Adultos tem metade da cabeça bem encaminhada. A outra metade, eles deixaram-se levar, e esta acaba contaminando toda sua existência.
Os velhos demais não aceitarão sua existência. O verão como algo a moderno demais para ter a sua crença e virarão as costas, descrentes..
E por fim, eu vou entendê-lo como eu sempre o imaginei. Negligente até a raiz de todos os nossos cabelos.
Ai de quem me negar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amor eterno

É com uma pontinha de tristeza no coração e muita emoção que eu escrevo esse texto.
2011 definitivamente foi um ano de altos e baixos. Brigas aconteceram, amizades acabaram, amores se perderam. Desculpas foram pedidas, amizades renasceram e amores floresceram. Sem arrependimentos.
A minha única grande tristeza de 2011 é deixar para trás um dos maiores amores da minha vida. Pelo menos por enquanto.
É um ciclo que se fecha, talvez o mais importante para o meu amadurecimento. Na minha memória ficará gravada toda a essa trajetória, todas as lembranças e acontecimentos de três anos muito bem vividos e aproveitados. E cravadas no meu peito, ficarão as estrelas que me acompanharam por todo esse tempo.
Porque esse orgulho estampado no peito, esse amor imenso, jamais será esquecido. É uma daquelas coisas que ficam com a gente até quando nós estamos velhinhos. É aquele tipo de memória que a gente conta pros nossos filhos, netos, bisnetos. É aquele tipo de amor que a gente quer ter a vida toda, mas pensa que só encontra nas pessoas. Mas eu vos digo, eu encontrei esse amor em um lugar. Um lugar com um único defeito: Não ser eterno. Mas que para mim, apesar de tudo, continua sendo perfeito. Um lugar onde eu posso rir, chorar, festejar. Um lugar onde eu encontro a paz, sabedoria e alegria. Esse, é o lugar que eu vou deixar meu coração, com a certeza de que um dia eu vou voltar para buscá-lo.
É com muito amor e carinho, com muita tristeza e sofrimento que eu digo: Até breve, Pedro Segundo!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aurora

Esse texto não será nenhuma crônica, narração ou poesia, digamos que este será um texto sem estilo, apenas um carregado de sentimentos. Bom, o que dizer? Já vou logo avisando que o texto será recheado de clichês, e palavras que não são minhas, e essa constante metalinguagem que eu tenho usado. Então, aqui vão minhas pobres palavras:

Meu professor de biologia, toda vez que falávamos sobre evolução e ecologia, dizia: "A vida é um ciclo sem fim." Porém, de certa forma, não concordo com essa frase. Para mim, a vida é na verdade, composta de vários ciclos, que terminam um dia. Mas talvez ele esteja certo, talvez seja mesmo sem fim, mas seja cheia de novos começos, que de certo modo encobrem o ciclo descrito anteriormente. Outra frase que expressa bem o que eu quero dizer vem de um dos meus filmes favoritos, daqueles que me fazem chorar toda vez, mesmo que eu já tenha visto milhões de vezes. "Toda história tem um final, mas na vida cada final é um novo começo." E o que pode ser melhor que isso? Dizem que todo primeiro raio de sol vem embebido de esperança, e o que é o amanhecer, se não um belo recomeço? Sinto-me honrada por ser parte dessa alvorada, e espero que ela tenha doses infinitas da mais pura esperança e mais puro amor. Elementos esses, que são os componentes principais do nosso remédio vital. Os finais deixam sim saudades, mas elas são interrompidas por sorrisos e batimentos acelerados que o recomeço nos dá.

"Tudo tem seu apogeu e seu declínio...É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos 'o nada', eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço" (Chico Xavier)

De mãos dadas fechamos um ciclo, dando assim, não o primeiro, mas os passos necessários, para o novo, o seu, o meu, o nosso. Felizes continuaremos, de mãos dadas, porque o nosso ciclo, será cheio de recomeços, terá despedidas, risos e choros, mas continuaremos juntos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ana e o mar

Toda vez que eu olho nos teus olhos, vejo o brilho do teu olhar, penso que é no meu coração que esta imagem deveria para sempre ficar. Não no coração de outrem, e sim apenas no meu, meu bem. Se eu pudesse, guardaria esse olhar infindo, pois este para mim é o presente mais lindo. Ah, meu anjo, se tu me destes teus olhos para que eu tomasse conta, eu nunca haveria de partir, como na música de Chico, pois tamanha prova de amor, eu não abdico. Para mim não importa se me fazes sofrer, se me fazes penar. Não me importo de chorar, se for para descobrir o que quer me dizer este teu olhar. Não me importa se és como um livro difícil para interpretar, não me importa se teus olhos são como uma janela opaca, impedindo-me de revelar o teu olhar, pois ao mesmo tempo que tens no olhar essa névoa densa e opaca, também tens estes os olhos de ressaca, revoltos como a mar, que me fazem querer mergulhar e sonhar. E mesmo que teu olhar me engane, agindo sempre como uma Capitu cigana, oblíqua e dissimulada, sei que sem teus olhos eu não sou nada.
Pois só há um lugar onde a paz eu sempre poderei encontrar.

sábado, 5 de novembro de 2011

Assim tão louco.


E por vezes você volta a minha mente.
Bate falta de você do passado ao presente.
Não é porque eu quero que fique, mas não se vá.
Não é como se eu desistisse, mas não voltaremos a tentar.

Porque é como você disse um dia.
Você sempre esteve aqui, só eu não via.
Como antes, tudo que eu quero é que as coisas deem certo.
Pode até ser que eu termine mal, mas ainda triste, da felicidade, estarei mais perto.

E que quando chegarmos no fim, que tudo isso ainda importe.
Os laços que criamos ligam todos nós, por sorte.
É estranho saber que tudo que sentimos, sentimentos velhos e passíveis.
Possam mudar, melhorar ou continuar como sempre foram. Imbatíveis.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Não quero que nada mude.
Mas nos sonhos confusos é como se eu gritasse: "Por favor, me ajude!"
Nem ouvir: "Éramos só adolescentes naquela época tão louca!"
Um comentário vazio, de tristeza, minha voz fica rouca.

Amei você, e por isso, te quero bem.
Mas é o meu amor falando, lembra dele? "Acabem!"
Não desvio meus pensamentos. Olho pra cima e vejo o céu.
Piscam as estrelas e é a que mais brilha nesse imenso véu.

Deito a deriva e sinto aquele frio.
Como se fosse cair pra cima, me sobe um calafrio.
Mas as luzes ao redor me trazem de volta, são os brilhos civis.
E de tão longe, eu só quero é ser feliz.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Se lembra o que você me disse antes de ir?
"Se cuida." Eu ia responder: "Te amo.". Você nem quis ouvir.
Sei que te fiz esperar, mas acho que o que você fez foi pior.
Senti a sua dor, só que ela me fez bem maior.

Te esperei por mais tempo do que devia e ainda espero.
Acho que até a próxima, eu deva esperar um tempo enquanto me regenero.
Vejo sua sombra voltando ainda bem distante.
É a volta que eu mais aguardei, que foi mais importante.

Apesar de que, talvez quando você voltar eu ainda esteja aqui.
Talvez não.
Talvez você entenda as coisas que escrevi.
Talvez não.
Talvez se interesse e queira saber das coisas que ouvi.
Talvez não.
Talvez entenda minha história e me espere do outro lado. Duma coisa todos temos certeza: Eu vivi.
Talvez não.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Que cada um possa se encontrar nessa tempestade.
E, meu amor, que seja feita nossa vontade.

domingo, 23 de outubro de 2011

Futuros Amantes

Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo. Se eu pudesse, eu repetiria isso o dia inteiro, até você se cansar. Eu não esconderia de ninguém, eu diria para céus e mares. Se isso fosse possível, essas seriam as únicas palavras que sairiam da minha boca. Meus braços serviriam apenas para a te abraçar, e meu sorriso, apenas para te alegrar.
Se eu pudesse, cantaria canções de ninar para te acalentar, secaria teu pranto quando este fosse rolar, e beijaria tua testa para te confortar. Estaria aqui o tempo todo, unica e exclusivamente para você.
Se eu pudesse, acabaria com todas as tuas dores, todos os teus desamores. Faria o mundo mais belo o possível, só para que você pudesse contemplá-lo, moldaria tudo do jeito que fosse perfeito para você. Por mim, você seria o homem mais feliz do mundo.
Seria também o homem mais amado do mundo. Seria o dono de um amor tão puro, tão simples, sem existe maldade aparente, ou razão que entenda.
Sim, por você eu faria tudo isso e mais um pouco, simplesmente com o propósito de te mostrar eu me sinto, para que você sentisse apenas uma parte do que eu sinto quando estou ao seu lado.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Manage me, I'm a mess

Medo e incerteza. Essas duas palavras tem resumido meus últimos dias. Sinto-me presa à indecisão. A competitividade me envenena junto com o ciúme, ambos fazendo minha cabeça formular pensamentos que ecoam e arrepiam até os ossos. Já é a reta final, o último fôlego antes do mergulho, e eu me vejo sem a capacidade de inspirar.

Busco consolo no abraço conhecido, que me ajuda por alguns minutos. Depois fico sozinha de novo. Não quero sair da cama e ter que dar satisfação a ninguém, afinal, poucos acreditam realmente em mim. A voz em minha cabeça insiste em me torturar. O telefone toca. Hora de desabar e deixar as lágrimas aparecerem para quem eu tenho certeza que nunca irá deixa-las cair. Conto meus medos, digo minhas incertezas, despejo rios de lamentos e do outro lado da linha ouço uma voz áspera que me faz engolir o choro de uma só vez, dolorosamente. “Confiança! Eu te amo e você consegue!”, ouço essas lindas palavras ditas de forma rude, com um nó na garganta. Minha voz trêmula profere palavras de concordância embebidas de saudade. Desligo o telefone, tento me recompor. Não quero que perguntem a razão da minha tristeza. Deito n cama novamente, ainda há um resquício de dor em meus olhos. Volto para os pequenos braços conhecidos que secam minhas lágrimas que brotaram de novo. Um cílio cai. Fazemos um pedido, e eu peço para que o medo que me congelar não tenha fundamento, mas o cílio não fica comigo. Rio ironizando a situação, e digo qual havia sido meu pedido, então ouço sua voz macia: “Eu também pedi por você...”. Uma cachoeira de lágrimas temperadas com carinho, emoção e uma pitada de dor, caem novamente. “Confie em você mesma como eu confio.”, ouço. Sorrio meio triste e pergunto a razão da confiança, ela diz então: “Você é minha irmã mais velha, minha inspiração”. Um abraço forte sela uma amizade consanguínea, um beijo seca a última lágrima que caiu. No meu celular vejo uma mensagem que me faz sorrir, e me dá forças para levantar da cama espaçosa e lavar o rosto.

Com a cabeça erguida eu caminho em direção à porta, lembrando-me da história do sapo surdo que, por não ouvir os gritos de desencorajamento, escalou o mais alto cume. Subo as escadas com o peito inflado e olhar confiante, pronta para a guerra. Afinal de contas... ELES confiam em mim. Não preciso de mais nada.

Enciclopédia do utópico, um dicionário do amor

De todas as memórias que eu certamente nunca esquecerei, com certeza uma delas é a lembrança da inocência do primeiro amor, aquele amor que nós idealizamos pelo resto de nossas vidas, tentamos reencontrar nos mais diferentes braços e só encontramos na nossa memória. E certamente, acho que esta é uma daquelas poucas memórias que ficam ali com a gente no nosso leito de morte, mesmo quando já não lembramos mais dos nomes de nosso filhos, netos...
A inocência de um enlace de das mãos, segurando firme umas as outras. A inocência da época em que só aquele aperto bastava para o conforto de duas almas, em um mundo onde beijos e sexo eram coisas completamente inexistentes. Essa inocência sim, as pessoas nunca esquecem, ou deveriam nunca esquecer, mas que infelizmente parecem que aconteceram em outro mundo. Um mundo onde apenas um olhar já garantia a da existência de um amor.
Por que esse mundo agora é tão diferente? Nesse mundo antigo, o coração nunca cansava de bater. Ele sempre estava lá, forte e resistente, exaltado só em ouvir o nome da pessoa amada. O mundo bastava só de um estar na presença um do outro. O ciúme era apenas uma coisa desconhecida que fazia o coração doer quando estávamos com outros alguéns, e não esse monstro que hoje arruina tantas vidas. Os olhares eram cheios de um inocente querer, e não esses voluptuosos olhares de arrancar pedaço.
Mas no fundo o que me faz sentir saudade da inocência é esse amor verdadeiro, sem vergonha de demonstrar ou querer, e que apesar de tantos anos a gente nunca esquece e que dentro do nosso coração nunca deixa de existir.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Triângulo

Alguns chamam de triângulo. Para outros, é como um relógio, onde os dois ponteiros só giram por causa de um pino. De todos os significados existentes, eu prefiro chamá-lo de nó. O nó só existe por causa de uma espécie de luta entre as pontas. E para mim, essa é a melhor comparação que pode explicar, pois quando o nó está frouxo, eu sinto como se eu estivesse te cedendo para a outra ponta. Quando está mais apertado, é como se eu estivesse te ganhando.
Nessas histórias os envolvidos nunca querem protagonizar a história de ciúmes de Otelo e Desdemona, mas em todos os casos, é assim que esse sentimento funciona, é um espetáculo de matar ou morrer. Um dos ponteiros nunca vai alcançar o outro nessa luta de rodar e impressionar o pino, o que as pontas fazem com o nó sempre será prejudicial tanto para o nó, quanto para as pontas e no triângulo, as nunca haverá um encontro entre os vértices. Uma ponta sempre tentará jogar a outra no ostracismo, e é difícil a coexistência de amizade e amor nessas situações. Tudo é esquecido e deixado para trás.
Mas, apesar de tudo o que digam, de todos os defeitos que existam nesse estranho sentimento, ele não é de todo ruim. No fundo, ele só está ali inocentemente escondido, querendo sair para brincar de vez em quando. E é quando essa “brincadeira” acontece, que nós vemos que por trás de todo esse mar de inveja, choros, ataques e ciúmes, na verdade os ponteiros tem um coração, e que eles querem demonstrar da forma mais peculiar possível que só eles podem fazer o pino ser na realidade o homem mais feliz do mundo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Trust me, I trust you.

Quero começar este texto, fruto de algumas horas de devaneios, com uma pergunta...

O que você acha de ir comigo para a cidade açucarada? Não seria legal? Neve em forma de sorvete de baunilha e pequenos lagos de limonada. Seria perfeito...Combinaria com a composição dos nossos corações de gelatina, não acha? Além de perfeito, impediria a entrada daqueles intrusos que não suportam a doçura da vida, e que se veriam presos por suas longas vestes em nosso chão melado.

E que tal um poço dos desejos? Onde cantaríamos nossos versos, que ecoariam em sua profundeza, se misturando com o som dos nossos batimentos acelerados e envolventes. O que me diz de uma fábrica enorme de macarrão? A massa depois de muito batida e bem preparada se extinguiria em nossas bocas e na de nossos frequentes convidados que nunca teriam nomes esdrúxulos.

Ao fim do dia poderíamos dançar na chuva enquanto eu sussurrasse palavras doces ao seu ouvido, minhas negras madeixas se misturando com sua pele alva que facilmente se arrepiaria ao toque nos meus lábios quentes. Seria inteiramente sua. Cada célula desse corpo imperfeito sob sua inteira responsabilidade. “confio em você”, eu diria sempre. Confio o suficiente para me entregar e caminhar com você em direção a esse mar de incertezas.

Afinal, ao seu lado, em nossa cama pequena, eu sei, eu sinto, que tudo vai dar certo e que enfim estamos onde deveríamos estar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"As pessoas orgulhosas forjam, elas mesmas, para si os mais tormentosos pesares."

(O morro dos ventos uivantes - Emily Brontë)

sábado, 8 de outubro de 2011

você me completa, amor

Eu pensei que se eu te tirasse completamente da minha vida eu te esqueceria. Mas por que isso não acontece? Quando eu tô com triste eu penso em você. Assim como quando eu tô bêbada, chapada, feliz, angustiada. E às vezes, eu acho que quem causa essa angústia é você. Eu não consigo te tirar da minha cabeça! Quando eu vou dormir, ao fechar os olhos eu penso em você, nos nossos momentos juntos, nas músicas que me fazem pensar em você. E quando eu as ouço eu começo a chorar como uma criança. Logo eu, que prometi nunca chorar por ninguém que não fossem meus pais. Eu queria que você soubesse que eu sinto sua falta, e que quando eu paro pra pensar no jeito que eu agia contigo, como eu agia de um jeito totalmente contrário do que eu me sinto, isso me deixa muito mal. O meu orgulho me impedia de voltar atrás, mas agora parece que não tem mais volta.
Quando eu paro pra pensar nos motivos, eu não entendo. Eu acho que estava apaixonada, acho que fiquei assustada com tudo isso, eu não sei. Eu não queria admitir. E agora, de novo, eu não quero admitir isso, mas eu sei que te perdi. Eu sei, eu vejo isso. Eu não sou mais a sua pequena, eu não sou mais a cor da tua vida. Nos seus olhos eu sou só uma pessoa orgulhosa demais, confusa demais.
Mas do fundo do meu coração, se eu pudesse voltar no tempo, eu voltava. E eu seria sua namorada, sua irmã, seu chão, tudo o que você quisesse, porque hoje eu vejo que tudo o que bastava na minha vida era estar ao seu lado.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Befoir não é um blog criado para se postar coisas além de textos. Já quebrei demais minhas regras postando músicas. Ainda mais quando postei um vídeo. Mas todas foram coisas que me tocaram demais. E essa imagem não podia deixar de estar aqui. Mesmo porque, ela tem tudo a ver com as emoções envolvidas neste blog. Sem mais. http://capinaremos.com/files/2011/09/ADEUSCACHORRO.gif

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cão Maior

(...) "amai para entende-las! Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas." (William Shakespeare)



— Sentirei sua falta. — disse inconsolável, com a cabeça entre os joelhos.

 "Não vai." — replicou a voz em sua cabeça.

 — Ela se foi. Não poderei mais te ouvir. — a emoção escorria-lhe pelos olhos.

 "Não é tão simples assim, pequeno." — ela insistiu. — "Os brilhos de outras luzes ofuscarão a tua vista, mas você não vai se livrar dos meus assim tão fácil."

— Eu não quero mais ninguém. — retrucou levantando a cabeça triunfante. 

" Por enquanto." — e sumiu.


 (Anos depois)



 — Você está aí? — perguntou a esmo.

 "Sempre."

 — Não senti sua falta. — disse receoso.

 "Entende o porquê?" — perguntou, amistosa.

 — Entendo. Sempre esteve comigo. — esclareceu.

 "Sempre." — respondeu, feliz.

 — Mas coisas mudaram. — disparou.

 "Sim." — sem deixar de parecer feliz. 

— Não sentirei a sua falta. — disse, cabisbaixo mais uma vez.

 "Entendo. De qualquer forma, ainda estarei aqui."

 — Essa é a pior parte. — triste, disse.

 "Até."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Com você.

Tem uma garota nessa cidade. Uma garota por quem eu tanto me preocupo, num lugar que tanto me orgulho. Queria cuidar dessa menina até seu medo de dormir passar. Fazer seus dias chuvosos de solidão virarem tardinhas de cinema no sofá da sala. Pipocas e sorriso. Carinhos e abraços. suas preocupações passariam bem longe quando apoiasse sua cabeça e sua confiança sobre meu peito. Eu estaria ali, firme, te apoiando, te ajudando. Seu melhor amigo diria a sorte que você têm e sua melhor amiga seria como uma irmã para a gente.
No começo eu ia parecer uma figura imponente, um verdadeiro herói e perto de mim tudo daria certinho, como sempre. E você fugiria para o meu lado para se sentir segura, mas depois, coisas mudariam. Você cresceria e perceberia que os anos começaram a me derrubar aos poucos. Meu cabelo fino não terá mais a mesma cor, minha visão fraca terá de ser reforçada e por vezes minhas decisões não terão tanta imponência quanto antes. Até meu sorriso, antes, tão acolhedor pra você, agora parece fazer tanta diferença aos meus dias de glória. Apenas meus olhos continuarão os mesmos. Desde a homenagem no primário, até a última cerimônia de comemoração de suas formaturas. Serão os mesmos olhos marejados que você sempre se lembrará.
Até mesmo quando eu for embora, você vai olhar no espelho e vai ver os mesmos olhos a chorar. Mas vai sorrir sem querer com esse resquício de lembrança. Felicidade e tristeza. Eu vou estar pra sempre com você. Vou te visitar nos teus sonhos. E meu abraço caloroso vai fazer você entender que ainda que nada disso nunca tenha sido verdade... Você sempre vai ser especial para mim, minha filha.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Tormento

Não.
Isso nunca vai dar certo, garoto. Ninguém se entregaria assim como você quer. Essa menina nasceu pra ficar longe de você e você nunca vai conseguir alcançá-la. Entende, moleque, você não tem idade para uma história de amor. Você acha que ela vai te esperar esse tempo todo? Vão aparecer outros meninos, ainda melhores por quem ela vai se deixar levar tranquilamente, você vai assistir cada passo, desde o momento quando ele for um "amigo bobo" até quando ela só falar dele. É claro, não vai acabar por aí, porque eles vão estar saindo direto e ela vai esquecer completamente de você, mas vai ser assim, devagarzinho, cada dia mais dolorido. Você vai estar sozinho do outro lado, porque quanto mais triste você estiver, mais as pessoas vão se afastar de você, você sabe disso. Lembra?
É... sozinho e inútil, porque sabe o que você vai poder fazer pra mudar alguma coisa? NADA! Ela nem vai ligar para seus avisos e preocupações, ou talvez até pareça ligar, mas ela vai estar fingindo, e o pior é que você vai perceber, afinal, ela sempre foi uma péssima atriz. Quando você perceber que ela está mentindo vai ser mais doloroso ainda.
Ok, ela te ama. Acredita, ama sim, mas você não faz ideia do quanto vai ser diferente o sentimento por alguém que está ali, com ela, o tempo todo, até mesmo nos momentos íntimos quando vocês costumavam estar sozinhos. Ele vai estar lá. Você não vai entender, afinal, ela não te amava tanto? Pois é, moleque, advinha? Ela estava enganada.
"O que você queria? eu tinha 17 anos!" E só quando ela disser isso, você vai se derrubar de uma vez. Vai entender que eu tenho razão. Vai se sentir patético, afinal, como você pode culpá-la? Daí você estará morto por dentro. As coisas vão voltar a ser preto e branco como eram antes dela e todo o resto da sua vida vai ser assim... imperfeito.
Mesmo porque, se você morresse agora, ninguém iria sentir sua falta.

sábado, 20 de agosto de 2011

Songbird

Observando os anos que se passaram e os dias que tem ficado para trás, posso perceber as mudanças no que para mim antes era o cotidiano, nada além do comum. Quando a gente se afasta por um tempo, mesmo que este seja mínimo, a gente começa a enxergar coisas que antes os nossos sentimentos tentavam encobrir. Mas tudo não passa de uma linha tênue, um simples limite imaginário que em frente a olhos despreparados ou desacostumados parece uma montanha.

É fato que com o tempo as pessoas se afastam, afinal os interesses mudam, nada mais do que eu esperava.Acontece que esse tipo de separação, rápida, normalmente se dá quando as pessoas não são assim tão próximas, pelo menos eu pensava assim até um tempinho atrás. Mas hoje posso ver que o tal limite resolveu pegar mais gente. Alguns foram levados e eu nem me importei,mas...Como de repente as conversas compartilhadas, as risadas escondidas por trás de uma amizade inconseqüente e de segredos velados, fios de cabelo que já estiveram tantas vezes na ponta de meus dedos, e que tiravam de mim lamentos quando eram cortados com a desculpa de que parecer o Liam do Oasis não agradava os progenitores, brincadeiras que as vezes eram retribuídas com tapas meus, comentários idiotas e caretas engraçadas, foram substituídas por um simples Bom dia com um abraço frouxo?

Até o dia daquela prova, eu nem tinha me dado conta desta distancia que ainda me deixa próxima. Mas naquele dia, quando depois de um bom tempo sem trocar olhares ou palavras, eu disse “Boa Sorte”, e como retribuição recebi um sorriso grande e familiar, com dentes enormes e engraçados que combinam com um rosto fino e nariz comprido, com cabelos desalinhados e castanhos, e uma cara de sono constante. Percebi que agora eu pertenço a um lado que se distancia, mas não por que eu queira, apenas por que a fatalidade quis assim. Mas sinto falta do tempo que o limite não tinha se intrometido no meio. Sinto falta das canções, do jeito como me entendia, e pegava no violão, da cara que fazia quando estava assustado e do jeito como enfrentava as pessoas. Do jeito desajeitado de jogar futebol, fato que contribuiu para a invenção de um apelido que se propagou, do jeito como demora a entender as piadas, do jeito travesso de menino Peter Pan, e até mesmo dos rompantes de carência.

Espero que um dia o limite me devolva todos aqueles que ele levou de mim, e que junto deles, em especial, me devolva assim como foram, aqueles que me fazem mais falta. Principalmente o meu amigo e interprete preferido de Songbird.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rascunhos

Parágrafos desconexos, confie.

É inútil tentar lutar contra essas memórias.
Também é inútil tentar organizá-las.
Então apenas escreva, Felipe.

Pois é, querida, a insanidade já me atingiu. Apesar de que isso não lhe é novidade, uma vez que só minhas besteiras, bobeiras e palhaçadas te arrancam aquele sorriso largo que você tanto teima em esconder. Puxo sua mão para vê-la sorrir, só porque você não sabe que eu podia amar esse sorriso tanto quanto você o quisesse, mas se por acaso, eu estiver errado, não se esconda entre as nuvens, elas embaçam a sua luz e minhas noites sombrias me afogam como se voltassem a todo vapor.

Não lembro de como começou. Depois de perder a maioria dos motivos de continuar indo e vindo, assim, seu sorriso largo e seus cachos emaranhados espantaram meus fantasmas como se a pureza e felicidade que eles me passam se tornasse suficente para acalmar meu espírito assim, num piscar de olhos. E então as coisas ganharam luz novamente. Porque, como a lua, você passou a refletir a luz do sol e iluminar novamente dias ensolarados nas minhas noites intermináveis. E eu amo a lua. Imagina eu sem a minha lua particular? Nem todas as estrelas, cruzeiros e escorpiões, muito menos as constelações, Sirius e Antares me confortariam pela perda do meu satélite invertido, satélite que me atrai para orbitar ao seu entorno.

Fique bem, brilhe linda, sorria sempre e me ganhe mais.

Eu começo esse texto pelo final, e como o Felipe que vos escrever tão longe está do final desta história, começo pelo que imagino ser o futuro que me espera no fim deste caminho. Começo então pela escolha. Sendo sincero e sensato (se é que é possível ser ainda mais) esta escolha nunca deveria existir. Ainda sendo sensato, imagine-se como uma criança. Uma criança que adora uvas, mas que não sabe que uvas tem caroço e que não se deve comer uma por inteiro, pois o caroço tem um gosto azedo. Contudo, depois que seu avô lhe ensinara, o menino já não sabe mais o que escolher no lanche. O morango o fazia tão bem, e não tinha nenhuma contraindicação, o menino queria preferir a tal fruta vermelha. A uva, por outro lado, o fez talvez até melhor, mas é tão mais difícil com ela.

A única diferença entre você e ela, é que, enquanto você não souber desse meu romance secreto, eu posso me aventurar a te abraçar, a te fazer sorrir e a segurar sua mão. Por que? Ué, não faço ideia. É que um passo em falso ou precipitado e algumas palavras mal interpretadas fariam tudo ir por água abaxo.

domingo, 14 de agosto de 2011

Filho

Era todo o jeito da mãe. Fisicamente era idêntico à ele, a não ser pelo nariz e pela cor dos cabelos, mas não precisava de mais nada para lembrá-lo da falecida esposa toda vez que o via: era ruivo. Os mesmos cabelos que o conquistaram. A maioria pode achar natural, qual o homem que não sonha com uma ruiva? Mas para ele era mais do que o fetiche.
Típico gênio daqueles que quase nunca se vê, o ainda jovem viu na ruiva uma raridade, uma aberração, a aberração mais linda que já vira. Pensou na improbabilidade de seu nascimento e depois na ainda maior dela se interessar por ele; de rir de suas piadas; de ouvir o que falava; de lhe ceder seu amor.
Mas ela se fora, e deixara aquela criança. No começo doía olha-la, saber que se não fosse por ela, ainda estaria junto da ruiva que teimava em não entender as mais simples equações, que era incapaz de ligar um simples aparelho de som antes de ligar todos os outros da casa, daquela que lhe ensinou a lição mais importante de sua vida.
Com o tempo aprendera a amar o filho, mas desde sua perda voltara a ser o homem frio e sem vida das eras sombrias pré-ruiva. Certa vez, quando o menino ruivo lhe perguntou por que não conseguia ver as estrelas a noite (típica pergunta da ruiva, que raiva...), teve como resposta uma seca explicação da luminosidade da cidade e afins, mas o pai sabia que ele não entenderia, e não ligava.
A criança era forte como a mãe e suportava a frieza do pai e ele se aproveitava do fato: se permitia nunca lutar para mudar, para voltar a ser o que outrora fora junto da amada. Até que um dia o destino resolveu cobrar a conta de sua apatia. A criança acordou febril, trêmula, abatida, como o gênio nunca viu, como ele nunca esperou ver, como ele nunca considerara possível, como nunca achara que, sendo filho de quem era, seria possível ficar.
Então o desespero se apossou dele: a frieza calculista para resolver os mais complexos problemas se esvaíra. Correu para o hospital. Quando se deu conta, já estava cantando pneu na porta da emergência.
A criança ficou o dia inteiro em observação fazendo exames, e o pai ficara o dia inteiro em reflexão. Pensou na juventude de estudo, sem festas, sem graça e como a ruiva havia mudado tudo, lhe mostrado o que realmente importava e finalmente em como tudo tinha acabado. Sem aviso prévio. Sem chance. Sem volta.
Até que o gênio, tão fodástio, se tocou que tinha um filho, a junção daquela que mais amara e dele mesmo, sua imagem e semelhança. Como tinha sido egoísta, um perfeito babaca.
A esse ponto, só queria abraçá-lo.
A noite a criança foi liberada e recebeu o abraço que seu pai queria lhe dar - um abraço vacilante, porque hábitos não mudam do nada - mas um abraço libertador, um pedido de desculpas silencioso, que o menino recebera como se não o fosse preciso.
A caminho de casa, passando por um viaduto, o homem ouviu, do nada: -Pai, já sei onde estão as estrelas: elas caíram e estão no morro!
Nesse momento o gênio foi fuzilado por diversos pensamentos e sentimentos. Como aquela resposta era típica da ruiva! Como nunca tinha reparado como era bonita a cidade durante a noite, como o filho herdara a capacidade de sua mãe de despertar-lhe o melhor, como o amava.
Se emocionou, do seu jeito - digamos que chorou por dentro. Por fora, se resumiu a dar um sorriso gostoso como a tempos não dara e a responder: -É uma ótima teoria, meu filho.

sábado, 13 de agosto de 2011

Ao dia dos pais

Você sempre me ensinou a não ligar pra essas datas, e eu não ligo mesmo. Eu sei que são datas capitalistas, que na realidade servem mais pro comércio lucrar do que outra coisa. Mas infelizmente, com todos esses comerciais de pais e filhos, com todas essas pessoas querendo estar próximas de seus pais, eu confesso que a saudade só faz aumentar. Eu não ligo tanto para essas datas, pois para mim as pessoas deveriam estar próximas de seus pais todos os dias, e não por causa de uma só data. Mas confesso que ouvir quando os outros falam de como foi o dia dos pais me dá uma certa angústia, uma pontinha de inveja. E nesse ano está pior. Eu já não sonho contigo há tanto tempo, que todos esses sentimentos estão piores. Não há um dia que eu não pense em você, que eu não converse contigo, mas você já não me responde mais. Eu não quero parecer uma esquizofrênica louca, mas sinceramente, minha imaginação me conforta. Mas não está confortando mais. Eu sei que você tá aqui comigo, cuidando de mim, eu realmente acredito nisso. Eu sei que você de alguma forma sabe de tudo, que você está presente. Mas mesmo acreditando nisso tudo, mesmo pensando nas lembranças de uma forma positiva, mesmo tentando estar feliz, é inevitável que eu esteja triste, é inevitável que eu tenha vontade de chorar. Eu tento ser forte, eu juro, mas te confesso que há uns dias isso tá sendo impossível. Eu precisava de você aqui do meu lado, fisicamente. Eu precisava de um abraço seu, precisava conversar contigo. Por que você sumiu dos meus sonhos? Por que eu não converso mais contigo? Isso tudo amenizava a saudade e me confortava um pouquinho. Me fazia pensar que eu tava crescendo contigo aqui do meu lado ainda, mesmo que nas lembranças, nos sonhos e no coração.
Mas hoje está mais difícil. Na verdade, isso anda mais difícil. Eu estou escrevendo mais na esperança de que você volte pros meus sonhos, mais na esperança de imaginar as coisas de um jeito mais real, como sua voz ou frases que você provavelmente diria. Eu não me canso de imaginar conversas e abraços, mas nada disso é tão real como antigamente. Eu não sei o que mudou, e também não sei o que fazer para que tudo volte. Eu só espero, peço, faço meus apelos mentais para que você apareça.
E esse é meu texto é mais uma forma de apelo, é pra que você volte, esse desespero é pra que você apareça. Eu sei que esse dia deveria ser seu, mesmo que você não esteja mais presente, mas esse é o meu desejo de dia dos pais: um abraço seu.

sábado, 6 de agosto de 2011

"Ela será única. Você conhecerá outras pessoas, terá um flashback com a sua ex namorada, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provará outros beijos, se sentirá frustrado, algumas vezes, ao perceber que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passará a mão em outros cabelos, alguns mais longos, outros mais curtos, mais cheios, mas de qualquer forma, sentirá falta dos cabelos dela, que de tão pouco se perdiam nos seus dedos. Você sentirá outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirá falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e suspirar fundo. Você chorará, toda noite, baixinho, sentindo a maior saudade que você já sentiu em toda a sua vida. Olhará para os lados, verá a vida passando, e sentirá uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Você entenderá que a amava. Você entenderá que a ama. Você entenderá que ela será eterna. E-t-e-r-n-a. Você, ao conhecer outras com o mesmo nome, sentirá um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirá suas mãos tremerem ao lembrar que dizia que esse seria o nome da filha de vocês. O seu celular, ao tocar, após anos, após milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação de vocês, aonde ela dirá que ainda te espera, e você dirá que está indo buscá-la, assim como em um texto que um dia ela escreveu. Você irá ler, palavra por palavra de tudo que ela escreveu um dia, e se surpreenderá ao ver que ela suplicava por você. Você se sentirá um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Ela continuará sendo sua. Você continuará sendo dela. Mas a vida continuará. Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a música de vocês, conseguirá. Lembrará de vocês com uma pequena tristeza mas com um grande afeto, assim como ela sempre disse, você ainda será a escolha dela, mas infelizmente, a vida lhe deu outras opções … Reticências, sua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida, perdido pela sua incapacidade de amar alguém. Você virá um dia para perto da casa dela, pensará uma, duas, três, mil vezes em um jeito de tentar achá-la, de descobrir se após tantos anos, ela ainda irá morar ali. Ela, irá para perto da sua casa, passará na sua rua uma, duas, três, mil vezes, na intenção de que você a veja e diga : ” Finalmente “. Ela passará mesmo na sua rua, porque sempre foi mais decidida que você, você ficará só planejando."
(Camila Archuleta)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Até onde amizade vira amor?

E se a gente brincasse de faz de conta?
Você diria que era a minha mulher, e eu, seu amante.
Então eu podia me apaixonar por você, e você nem ia reparar. O que acha?
Eu passaria a mão pelo seu rosto, seu queixo, seu pescoço, seu cabelo, pra depois dizer que te amava. "Mas é só de brincadeirinha, né?" Você perguntaria assustada. "Sim, sim, claro." E eu, tristinho, responderia assim, só para a brincadeira continuar.
E é até simples. Eu me divirto nesse amor, assim, rapidinho, enquanto você se diverte nessa brincadeira, assim, fingindo que gosta.
Só um pouquinho, você nem vai perceber. Depois você pode voltar a brincar com quem você quiser, pode gostar de quem você quiser ou pode amar quem você quiser. Tristinho, ainda vou entender e se você perceber, é fácil, eu digo que estou fingindo ciúmes pra nossa brincadeira continuar. Aí você vai estar brincando comigo novamente, e enquanto eu for te amando e você for me enganando, eu vou estar bem, porque a gente vai estar juntos e não tem como isso ser de "faz de conta". E eu quero isso.
Até eu pedir um beijo seu.
"O que!?" ; "Mas era só de mentira, não era?"
"Sim! Mas e se a gente deixasse mais interessante? Invés de fingir que nos gostamos, podemos fingir que nos amamos e que nos noivamos e que casamos. Invés de discutirmos um lugar praonde vamos sair pra nos encontrar, podemos escolher um lugar praonde voltaremos todos os dias para fingirmos nos amar mais um pouco."

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Justificando meu silêncio

(A Larissa Mattos, como um pedido de desculpas)

“So if you’re lonely you know I’m here waiting for you”

Sabe quando alguém que você gosta muito de uma pessoa e ela está passando por uma situação difícil? Perfeitamente normal. Todo mundo tem dias bons e dias ruins, a vida é feita dessas contradições. E, quando as coisas não estão indo lá muito bem, é bom saber que você pode contar com alguém.

O problema é se alguém conta com você pra uma situação dessas e você simplesmente não sabe o que dizer pra ajudar. Ou pior: quando tenta ajudar e só piora a situação. O que fazer quando isso acontece?

É totalmente desanimador quando você sabe que alguém espera encontrar em você conforto, uma palavra de amizade e você não tem nada a oferecer…

Me encontro nesse estado agora, uma pessoa muito querida sofre, e eu não tenho nada, absolutamente nada a dizer. Sou ruim com as palavras. E o meu silêncio ou as palavras atrapalhadas aumentam cada vez mais meu sofrimento por essa pessoa.

Não sei o que dizer, queria poder me teletransportar, para poder estar com ela e abraçá-la, somente abraçá-la, e, em silêncio ouvir cada minuto do seu choro até ele se tornar um simples soluço e, então, cessar.

Não posso, estou distante e essa mesma distância aumenta meu silêncio e meu sofrimento. Estou calado, leio o sofrimento em suas mensagens e sinto-me incapaz de fazer qualquer coisa agora para ajudá-la.

Espero que ela entenda que não é por ser insensível ou indiferente que mantenho meu silêncio. É justamente por estar sentindo junto dela o seu sofrer que fico mudo pela dor…

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MUDEI

Só pra avisar.

Felicidade

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz. / Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis. / Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser. / Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar. / Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz. / Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais. / Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você. / Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. / Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar. / Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser. / Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar. / Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você. / Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.


Se tem uma coisa que eu não entendo nos seres humanos é essa nossa mania de sempre reclamar de tudo. Nós sempre estamos tristes, nunca estamos satisfeitos com nada e sempre nos focamos nessas coisas. Deve ser algo da nossa natureza, porque pouquíssimas são as pessoas que não estão reclamando constantemente de como a vida é ruim, de que sente como se sempre faltasse algo. Não que as pessoas não tenham problemas, não que elas não sofram, mas tem gente que vive de sofrimento. Por mais que existam decepções, sempre há um motivo de felicidade (que sempre passa despercebido).
E mesmo que a felicidade esteja em menor número, por que deixá-la passar? Por que viver de tristezas? Se todos nós déssemos valor às pequenas felicidades, tudo seria diferente. Quem pensa que a vida não tem jeito, quem está sempre reclamando, deveria dar o devido valor às coisas ao seu redor. A felicidade está nas pequenas coisas, está no céu, no mar, nas flores, na criança sorrindo, na chuva. A felicidade está no nosso lado, nas pessoas que gostam da gente e nos querem bem. Está no abraço dos familiares, no sorriso do amigo, no 'eu te amo' que nós ouvimos, no carinho do nosso bichinho de estimação. São essas pequenas coisas, que durante o dia-a-dia nós deixamos passar despercebidas e não valorizamos. A vida não é feita só de momentos tristes. Mesmo que existam cem motivos para chorar, sempre existirá um para sorrir.
Por que ao invés de estar com essa cara de choro, você não procura motivos para sorrir?

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rios

Quis escrever um pouco disso para você entender.
Entender o que penso.
E se não for assim, como é para mim, para você?
E se eu não conseguir esquecer?
Não vai ser nada como da última vez que deixei pra lá.
Você me faz duvidar. Duvidar sobre a minha teoria de nunca pensar em gostar assim de novo.
Eu nunca imaginei que gostar de alguém pudesse corroer uma pessoa assim, mas o que eu pensei que era para ser construído, construiu-se assim rápido, na minha frente, sem eu nem perceber.
Eu queria me entregar, mas é impossível esquecer de mim assim e se perder desse jeito.
Porque talvez eu não me encontre em você e fique perdido pra sempre.
Me diz como eu faço isso ser mais fácil?
Mas diz logo. Vem logo. Vem agora e me dê um tapa de luvas. Desafie-me a entregar a verdade e me deixe na palma de tua mão, segure-me na tua frente e me receberá de volta em grãos de felicidade que escondo por trás desse meu muro maciço. Construa e desconstrua, enlouqueça e me leve junto. Me deixe provar que és tudo que eu preciso, e que as suas besteiras e as minhas loucuras somam rios de uma coisa inesquecível, imperdível e inigualável.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Caixa de Entrada

"O dia está bom.
Você escreveu sobre mim? Todo o amor ... é bonito. Fiquei mais feliz.
Nós temos que ficar animados. Espero que hoje aconteça algo de bom.
Acooorda!
Hoje é um dia lindo. A Thais te mandou um beijo, sorte sua. Ah, não esquece de falar sobre sairmos, hein?
Tô feliz!
Ih! Você ainda tem que me contar sobre meus defeitos. Quero MUITO sorrir como boba. Agora, o dia ainda está lindo.
Acorda logo que eu tô chegando para você, sempre. Eu sonhei isso. Na verdade, foi apenas inspiração. Isso parece curioso. É melhor sonhar assim.
Mas...
O que houve? O que você têm passado? Me conta! Você está se tornando imprevisível! Sou ferozmente curiosa, acho que você já percebeu isso.
Tudo bem?
...
Eu gosto de ...
Aaah...
Só espero que seja verdadeiro e então te farei companhia nessa aventura.
Já estarei melhor, sim.
Agora vá dormir, antes que você não acorde mais."

Feito com ajuda.

Um presente ao passado.

Dê uma volta e se revolte.
Volte. Volte ao tempo quando não havia dúvidas.
Volte ao tempo quando as coisas não eram ruins para a gente e cada detalhe era uma alusão a grande felicidade que vivemos.
Volte a quando nós perdíamos os dias esperando-nos e, no final, os ganhávamos novamente nos vendo.
Volte ao passado de nossa infância, que me aperta o coração e alma assumir que deixamos para trás.
Eu fui tão disposto a ignorar o mundo para ver o meu sorriso abrir de novo de uma maneira que nunca mais aconteceu, da maneira que só tuas palavras fizeram meu rosto, meu corpo e minha mente sorrir de orelha a orelha, de pólo a pólo sem exceções.
Era o meu amor perfeito. O amor que eu descobri ser estupidamente raro e que dei sorte de encontrar tão cedo ao mesmo tempo que dei o azar de perder assim cedo. O amor que vou procurar em outros braços, outros lábios, outros pensamentos e talvez pereça antes de encontrá-lo de fato.
Mas também não se preocupe. Não morro mais desse amor por você. Quero dizer ... não pelo que você se tornou, pois eu realmente a desconheço. Morro deste amor pela lembrança. Pela memória que me deixou a menina que amei. É simples entender que não é mais a mesma pessoa, talvez nem os mesmos sentimentos e tudo nunca será igual ao que foi uma vez. Entendo o que amei e o que amo. Lamento dizer que não tenho o mesmo sucesso em dizer que entendo o que vou amar, mas sei que no fundo e no futuro, se se incluir nele, será como se fosse a mesma pessoa que nunca me apaixonei. Entende? Como se fosse tudo de novo, com outra pessoa. E talvez até nem dê certo.
Desde a volta da revolta.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pra você guardei o amor

Amor, o que é amor afinal? Tantos textos sobre amor chegam a ser clichê, mas mais clichê do que os textos, é a banalização desse sentimento tão lindo que..Opa, lindo? Como eu posso chamar de lindo algo que eu nem sei direito como é?
Pra mim amor não é aquilo que eu falo pra qualquer pessoa na esquina, qualquer amigo, sim, infelizmente qualquer amigo, porque a gente se engana até na hora de amar os amigos verdadeiros. O amor não é um sentimento que você esquece, ele fica lá pra sempre, pra sempre mesmo. É um sentimento mais intenso do que o gostar, pois quando você simplesmente gosta de alguém, mesmo que muito, esse sentimento vai se apagando aos poucos, mesmo que imperceptívelmente, e quando você menos espera e se afasta de alguém, você já não gosta mais. Quando você simplesmente gosta de alguém, e vai percebendo seus defeitos, o ''amar'' diminui. Mas com o amor não, o amor é eterno, porque mesmo que você se afaste, você sempre vai amar intensamente, mesmo que a pessoa seja a mais defeituosa que existe, você vai passar por cima desses defeitos e continuar amando.
Então me diz agora, se isso é amor, como alguém consegue esquecer tão fácil o outro?
O amor é eterno, não é um frasco de perfume que você pode comprar, usar e jogar no lixo quando acabar. Pessoas podem ser substituíveis, o amor não.
Porque mesmo que você já não tenha mais tanta memória, mesmo que você esteja muito mal, o amor vai bater à sua porta e lembrar que está ali dentro, no seu coração.
Então, se você não sente, não fale. Custa alguma coisa você REALMENTE amar a pessoa na hora de dizê-la que a ama? Custa o amor ser sincero, verdadeiro?
Eu simplesmente não sei, mas tenho certeza que daqui em diante farei de tudo pra que seja sincero.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quem quer ser professor?

Toda vez que eu digo para as pessoas que quero fazer geografia, ou que quero ser professora, as pessoas me olham com espanto ou dizem coisas do tipo "coitada!" "você é maluca?" "meu Deus!!" "que coragem!". Sinceramente, estou cansada disso. Não entendo por que tanto preconceito com a profissão, não entendo por que uma profissão tão importante é tão desvalorizada! Aliás, não entendo porque profissões básicas são tão mal remuneradas.
Eu sei que dar aula não deve ser nada fácil, mas todo esse deboche e repúdio em relação à uma profissão tão digna, uma profissão que é a BASE é desnecessário. Ser professor é uma das profissões mais importantes do mundo e infelizmente aqui no Brasil não é algo tão valorizado. Você, que quer ser engenheiro, antes de olhar com pena para os futuros professores, antes de debochar, lembre-se que desde criança você precisou de professores para te ensinarem o be-a-bá. Na faculdade existirão professores te ensinando, todos que querem seguir uma carreira acadêmica precisam de professores. Antes de colocar defeitos, lembre-se que seus filhos passarão pela escola e que um dos maiores meios de manipulação e de formação de pensamentos das pessoas é a escola. Ser professor é algo mágico, é poder mudar a mente das pessoas, expandir o jeito delas pensarem e ao mesmo aprender com elas. É compartilhar um pouco de sua sabedoria e conhecimento de mundo. É formar novas mentes para o futuro, criar consciência política em jovens, fazê-los raciocinar e pensar que o mundo pode ser além do rebanho natural onde um segue o outro. É a forma mais direta que existe de mudar o mundo, pois você está lidando com mentes e ideias o tempo todo, você está construindo o modo de pensar e o futuro de centenas de pessoas, educando, crescendo e evoluindo. Uma sabedoria compartilhada pode mudar completamente a visão e o futuro de uma pessoa.
Por isso, antes de qualquer coisa, respeite! Lembre-se que sem o professor, muitos seriam nada.

Matérias como esta http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/quem-quer-ser-professor sempre me fazem ter esperança de que quem está louco é o mundo, não eu.

domingo, 3 de julho de 2011

Reflorestado

Ele: "- Você é como uma árvore."
Ela: "- Sou?"
"- Claro... elas são legais e ... fazem bem. (:"
*Rs.*
"- Eu faço bem?"
"- Faz pra mim."

Clichê, mas foda-se, aconteceu comigo. (:

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Deslembranças

Lembrar de alguém é a mesma coisa que perceber que você a tinha esquecido?

Se sim, isso necessariamente significa que aquela pessoa não lhe significou muita coisa por um espaço de tempo?

Tempo suficiente para você fazer e pensar coisas que ainda que a envolvam, você nem passa perto de pensar no tal indivíduo?

Eu tenho que achar isso ruim?

Minhas escolhas fazem quem eu sou. Mas pode ser que quem eu sou, tenha escolhas diferentes das minhas?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O tudo é uma coisa só.

Todos os textos que me fazem roer de curiosidade durante noites em que não posso saber se tiveram atualizações ou não.

e finalmente, http://whatthehellboy.tumblr.com/ > Da menina mais amável do mundo. (:

Todos eles

"Você está triste. Ela está triste. Ele também está triste. Aquele casal brigou. Ela não consegue tirá-lo da cabeça. Ele nunca irá esquecê-la. Ela sempre vai amá-lo. Ela nunca será correspondida. Ela já caiu na real. Eles se amam. Eles nunca mais vão ficar juntos. Ela não desistiu. Ele sumiu. Ela vai voltar."

Quantas histórias, quantas saídas.
Quantas pessoas perdidas.

O que você espera ler?
Depois de tanta dor e sofrimento,
decepções, angústias, tristeza e muito lamento,
ainda procura alegria e felicidade dos outros para se aquecer?

Uma surpresa pra você, isso não vai rolar.
Eles não querem serem felizes, sorrir, nem se alegrar.
Porque não é esse o destino de quem escolheu se entregar.
Porque quando alguém é importante, é só por ele que eles conseguem falar:
"Eu só sei te amar."

Gente esquisita essa que chegou.
Mas tudo bem, eu já preparei a minha armadura de papel.
Meu escudo de palha, minha lança de mel.
Mas eu não sei se vou ficar bem segundo o que ela me contou.

"Essa gente
é muito envolvente,
dificilmente contente
e pouco sorridente.
Por que você não se envolve com gente mais decente?
Essa coisa eminente
vai te deixar doente!
Uma coisa eu sei, somente.
São muito persistente,
e se não deixá-las imediatamente,
terá cáries no dente."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amor ausente

Sempre que eu penso em reencontrar alguém, eu penso em você.
Eu não sei se existe um outro lado, eu não sei se eu vou te encontrar de novo, mas se eu pensar que essa possibilidade não existe, eu sempre choro. Saber que existe algo além me conforta. Saber que um dia eu vou poder te ver de novo, te abraçar sem ser em sonho me faz mais feliz.
Quem me dera poder dizer que te amei muito, quem me dera poder dizer que você é meu exemplo.
Será que você realmente está em algum lugar pra saber? Se você estiver, eu espero que você saiba que eu me orgulho muito de você. E que mesmo com seus defeitos que as minhas lembranças infantis não perceberam, eu quero sim ser como você. Se você estivesse aqui hoje, você me veria mais madura, e talvez eu tivesse percebido algo no seu jeito que me faria te criticar, coisas que infelizmente eu sempre faço com a minha mãe. Mas eu duvido um pouco, porque eu sempre fui a sua princesa, a sua pequena, seu bebê. E na medida do possível, eu sei que você fazia de tudo pra me ver feliz, estar presente. E fez. E se hoje eu me arrependo de algo, é ser apenas uma menina quando você se foi, porque infelizmente eu não pude te dizer o quanto você foi importante na minha vida, o quanto você formou o que eu sou hoje. Mas talvez você saiba, talvez você esteja lendo. Espero que você esteja vendo que eu estou conseguindo cumprir minha promessa, minhas lágrimas não são em vão, se eu choro é sempre por ti, mas é sempre de felicidade e de saudade, nunca de tristeza. E eu espero que você saiba que eu achei aquele poema, e não desculpo sua fraqueza e seu cansaço, pois não tem o que se desculpar, eu entendo. Eu só queria poder fazer com que tudo fosse diferente. E eu espero que você esteja vendo o que eu quero me tornar, o quanto eu quero ajudar as pessoas, coisas que eu aprendi com você. Mais uma vez, eu não te conheci completamente, mas minhas lembranças infantis me mostram que você foi uma das pessoas mais maravilhosas do mundo, minhas lembranças me mostram um exemplo que eu devo seguir, me mostram o seu reflexo no espelho que eu tento mirar. Hoje eu entendo que realmente não existe amor ausente, porque você está sempre na minha memória, no meu coração, pois não passa um dia sem que eu me lembre de você, não passa um mês sem que eu sonhe contigo, sonhe que estou te abraçando de novo.
Vou esperar, crescer, viver, e eu sei que um dia, nós vamos nos abraçar de novo.
Mas isso vai só acontecerá quando a minha praça parar de girar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

I'm walking after you

"I cannot be without you, matter of fact
Oh oh ohh, I'm on your back
If you walk out on me, I'm walking after you."

É impressionante como a cada dia que passa, eu odeio cada vez mais o que você está se tornando. Mas ao mesmo tempo eu me sinto completamente vazia quando estou longe de ti. Depois de tanta confusão, tristeza e solidão, eu descobri que minha paz é estar nos seus braços, todo o vazio é preenchido pelos nossos olhares, braços e lágrimas. E mesmo me sentindo uma idiota por estar perto desse alguém 'novo', por ter necessidade de estar perto desse alguém, eu não consigo evitar. Eu que sempre fui tão racional, não consigo usar minha mente quando o assunto é você, como sempre. É sempre esse maldito coração, que insiste em te amar. Já não existe mais culpa, não existe mais ciúmes, não existe mais orgulho, não existem mais sentimentos ruins. Tudo isso foi deixado pra trás. Agora só existe a necessidade de estar junto, falando, brincando. Só existe eu e você. E espero, realmente espero, que você entenda que no fundo desse coração que eu insisto em usar como cérebro, existe um sentimento que permanece intacto, existem momentos felizes, erros cometidos que hoje não passam de boas memórias felizes. Eu finalmente entendi o que é o amor, acima de tudo, entendi o companheirismo e a amizade. Amor é isso aí, passar por cima dos defeitos, amar o que você odeia. Você conseguiu, finalmente a emoção venceu a razão, pois se minha razão diz que acabou, meu coração diz que é pra sempre. E eu escolho o coração. Finalmente eu entendi que por mais que a gente tente racionalizar o amor, a gente nunca vai conseguir entender essa loucura irracional e sem lógica que ele é. Não dá pra explicar o que se sente, não dá pra entender o amor como uma lógica, como a matemática, pois o amor por si só é uma prova real, a prova de que eu amo você.

sábado, 25 de junho de 2011

Por que Medicina?


Desde bem criança os cursos na área de saúde me atraiam mais. Talvez fosse pelo modo inocente com que eu encarava a profissão ou mesmo pelo apelo que ela tem dentro da sociedade. Sempre gostei mais ciências biológicas, e conseguia boas notas, o que me fez considerar ainda mais a possibilidade de optar por esta área, principalmente quando a biologia começou a introduzir os conceitos de anatomia e citologia, nas últimas séries do ensino fundamental.

Dizer que medicina foi minha primeira escolha é mentir. Pois eu migrei, durantes estes longos anos de escola, de um curso para o outro, mas todos dentro da mesma área. Primeiro o que mais me atraía era a biologia em si. A vontade de trabalhar com animais e plantas era grande. Porém, depois de conversas com parentes e professores, entendi que a profissão é bonita, mas o retorno, tanto financeiro como pessoal não é dos maiores. Depois, pensei em partir para área de bioquímica, que puxou para o lado da biomedicina, curso que eu pretendia fazer até a oitava série. Mas foi por um acontecimento peculiar que eu escolhi meu curso. Em um domingo, quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, eu estava na igreja, quando de repente a missa foi parada. O leitor pediu por um médico pois havia um velhinho passando mal lá dentro. Várias coisas passaram por minha cabeça, mas a que mais marcou foi “Como deve ser gratificante ajudar uma pessoa, e dizer com licença, EU SOU MÉDICA, posso ajudar?”

Foi a partir desse momento que eu decidi o curso que eu quero. Ao longo dos três anos do ensino médio, e das pesquisas feitas para saber se medicina realmente é a profissão que eu desejo para mim, eu percebi que o retorno é enorme. Em todos os sentidos. E que apesar da dificuldade do curso, das coisas que terei que sacrificar para poder ter meu sonho realizado, eu faço e farei tudo por amor. Eu acredito que eu posso, e é nisso que eu me agarro todos dias, e que além de poder eu quero. E depois de tudo, o retorno não será só para mim, mas para toda a sociedade. Medicina é o curso que eu amo, e é por isso, acima de qualquer recompensa monetária que eu o escolhi. É vocacional.

(Texto feito para meu trabalho de Ensino Religioso)

Trecho do Juramento de Hipócrates

"Juro (...) Aplicar os tratamentos para ajudar os doentes conforme minha habilidade e minha capacidade, e jamais usá-los para causar dano ou malefício. Não dar veneno a ninguém, embora solicitado a assim fazer, nem aconselhar tal procedimento. Da mesma maneira não aplicar pessário em mulher para provocar aborto. Em pureza e santidade guardar minha vida e minha arte. Não usar da faca nos doentes com cálculos, mas ceder o lugar aos nisso habilitados. Nas casas em que ingressar apenas socorrer o doente, resguardando-me de fazer qualquer mal intencional, especialmente ato sexual com mulher ou homem, escravo ou livre. Não relatar o que no exercício do meu mister ou fora dele no convívio social eu veja ou ouça e que não deva ser divulgado, mas considerar tais coisas como segredos sagrados. Então, se eu mantiver este juramento e não o quebrar, possa desfrutar honrarias na minha vida e na minha arte, entre todos os homens e por todo o tempo; porém, se transigir e cair em perjúrio, aconteça-me o contrário".

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ao Pedro Segundo, tudo ou nada?!

Outro dia no ônibus, um senhor com uns 70 anos de idade me olhou, e vendo que eu estava com o uniforme do cp2, me perguntou: “Você estuda no Pedro Segundo?”. Como sempre, eu respondi educadamente que sim. O senhor sorriu e disse emocionado: “Eu tenho orgulho de ter estudado lá. Até hoje eu fico lembrando dos tempos da escola, das pessoas, é engraçado como depois de velho a gente lembra dessas coisas. Me orgulho MUITO de ter estudado lá.” Eu sorri, e respondi que também me orgulhava de estudar lá. O senhor também sorriu, e me desejou felicidade.

Não que eu não esteja acostumada com isso, porque as pessoas sempre param na rua pra cantar a tabuada, falar bem do colégio...Mas eu nunca tinha visto alguém falar com tanta emoção como esse senhor hoje, com tanto amor e orgulho. Aí que eu me dei conta que daqui há alguns meses, eu também serei uma ex-aluna, também vou parar as pessoas na rua, pra falar do colégio ou simplesmente cantar a tabuada. Pode parecer idiota, mas eu não consegui segurar as lágrimas. Eu comecei a pensar em tudo que já passei no colégio, como um filme. É inexplicável o que eu sinto por esse colégio. Não só eu, mas a maioria dos alunos. Nós sentimos um amor enorme, e assim como o senhor do ônibus, eu me orgulho em dizer que estudei em uma das melhores escolas públicas do país. Eu me orgulho em vestir o uniforme todos os dias, e esse ”fanatismo” é uma coisa que eu só vejo nos alunos do Pedro Segundo. Quando dizem que o aluno do Pedro Segundo é diferente, não é à toa. Não há um aluno que não diga, o colégio nos faz mudar o jeito de pensar, analisar, agir, nos torna mais humanos. Infelizmente, quem nunca estudou no cp2 nunca vai entender do que eu falo. Esse colégio é pra vida toda. É impressionante como em pouco tempo eu mudei tanto, me apeguei tanto e que apesar de reclamar algumas vezes, eu vou sentir muita falta. Quando me falavam que estudar no cp2 era diferente, eu não esperava que fosse tão diferente assim.

No que depender de mim, meus filhos vão estudar lá, quando eu terminar a faculdade eu serei professora de lá. E podem ter certeza, até os meus últimos dias de eu vou lembrar dos tempos maravilhosos que eu passei lá, assim como o senhor do ônibus.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Clareia minha vida, amor

É incrível como essas três palavras, até para as pessoas mais frias, fazem toda a diferença do mundo.
É impressionante como essas três palavras arrancam sorrisos verdadeiros no meio de tanta confusão e tristeza.
Mas isso tudo só acontece quando as palavras são sinceras e inesperadas, e ao invés de agradecer, como tantas vezes eu faço, aqui vai minha retribuição: Eu te amo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

12 dias.

Meu sorriso frequente não estabelece um fato de que está sempre tudo bem comigo. Afinal, ainda que não seja o que eu sempre faço questão de transparecer, ser um "porto seguro" para alguém esgota. Principalmente se não parece surtir efeito algum. Eu me entristeço cada dia mais ao perceber isso. Você se lembra da minha história? Aposto que não. No seu mundo lacrado suas histórias prevalecem. E eu sei que você não está errada, no final. Mas você prometeu estar aberta. Talvez eu tenha exagerado na interpretação e nada do que imagino faça sentido se eu fosse explicar o que eu esperava disso. Mas agora, olhe para você mesma. Novamente diante do mesmo precipício. Desculpe se eu não estiver lá por você. Seus mínimos esforços em tentar me entender são respondidos pelo meu egoísmo em me fechar no meu próprio mundo, diante do meu próprio precipício. Porque se por um segundo, você lembrasse da minha história... veria que talvez você não conheça a dor tão bem como eu. E que talvez, eu esteja mais sozinho que você, que talvez eu esteja precisando de um porto seguro melhor do que eu jamais consegui ser para você, que talvez tudo pudesse ser melhor se você se perdesse de você e se achasse em mim. E que talvez. E só talvez... a minha história possa ser boa novamente.

Desculpe

Veio de manhã molhar
os pés na primeira onda.
Abriu os braços devagar
e se entregou ao vento.

O sol veio avisar
que de noite ele seria lua.
Pra poder iluminar
Ana, o ceú e o mar.

Sol e vento...
dia de casamento.
Vento e sol...
luz apagada num farol.
Sol e chuva...
casamento de viúva.
Chuva e sol...
casamento de espanhol.

Ana aproveitava aproveitava os carinhos do mundo.
Os quatro elementos de tudo, deitada diante do mar
que apaixonado entregava as conchas mais belas,
tesouros de barcos e de velas,
que o tempo não deixou voltar.

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina
que já conseguiu dominar o amor?
Por que que o mar
não se apaixona por uma lagoa?

Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar.

sábado, 18 de junho de 2011

Abstinência

Você sabe que eu estou triste.
Sabe do que eu tive medo, você até tentou conversar comigo.
Mas eu não sei se eu estou certo ou errado em ficar triste.
Então nem venha discutir comigo, porque eu não quero palavras.
Eu só quero tomar uma dose de você para esquecer tudo, e só lembrar que eu te amo.
Só um porre de você.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nós Dois

Hoje na hora do almoço eu estava sentada a mesa com a minha mãe e de repente na casa vizinha começou a tocar uma das músicas que eu mais gosto. Sim, é MPB...estranho para alguém da minha idade né? Mas fazer o que? O meu gosto musical é muito influenciado pelo gosto dos meus pais. Foi engraçado por que a música tocou bem na hora que os meus pensamentos estavam girando em tordo de um assunto que a música expressa bem. Provavelmente foi só coincidência, mas me fez sorrir. Bem, vou colocar a letra dela aqui, por que eu acho linda, e não sei, ela apareceu de forma tão inusitada, dessa forma achei oportuno fazer isso.

“E nós que nem sabemos quanto nos queremos

Que nem sabemos tudo que queremos
Como é difícil o desejo de amar

Você que nem me soube quanto eu quis
Que não coube, não me viu raiz
Nascendo, crescendo nos terrenos seus


Eu da janela olhando a lua, perguntando a lua
Onde você foi amar?

E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós, laçados em dois nós
Um que é meu beijo o outro é o lábio seu

Não sei sair cantando sem contar você
Que eu sei cantar, mas conto com você
Que eu vou seguir, mas vou seguir você

Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida donde ela vier

Ganhar seu
Chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu”

(Tadeu Franco)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Para Meu Amigo"

"Difícil expressar plenamente como me sinto em relação a você.
Sendo eu as vezes tão injusta em meus julgamentos...
Só posso pedir perdão e dizer que TE ADORO.
Meus humores suscetíveis até a mudança de tempo,
minhas convicções as vezes tão longe daquilo que imagina...
Minhas pequenas manhas de menina e meus enormes traumas de mulher.
Me pergunto a cada dia como suporta, mas penso que se somos amigos de verdade, apesar das minhas tolices e das minhas pequenas críticas, a amizade deve falar mais alto.
Muitos dos meus, agora, raros sorrisos são motivados por você e por isso eu só posso dizer
OBRIGADA
Seus abraços nas horas mais inusitadas , ou em qualquer hora, fazem de mim uma pessoa mais forte.
Tão absorvida pelos meus temores e pesares, muitas vezes não reconheço seus esforços, mesmo os bem pequenos, na intenção de me animar e por isso eu peço DESCULPAS.
Pelas horas, ou melhor, pelos dias de felicidade que me proporcionou...
Pelos momentos que dividimos até agora e por todos que com certeza ainda vamos dividir...
Pelas lágrimas e por meus lamentos....
E por tudo aquilo que suportou e vai suportar...
EU TE AMO.


Amigo, ainda que eu possa parecer ingrata...
Ainda que pareça que não o noto...
Lembre-se a todo momento que sua existência em minha vida fez e ainda faz toda diferença.


Não se esqueça nunca de mim Aliel
Porque aqui, em meu coração, está e sempre estará seu nome, escrito bem embaixo das seguintes palavras:


PARA SEMPRE"

Um texto de uma pessoa boa, amiga e confusa.

Aos Passos.

"Você não me fará chorar, né?"

Parecia uma pergunta muito simples. Era uma pergunta simples. Com uma resposta ainda mais fácil. Era só dizer que "Não." e tudo ficaria bem, mas...
tinha que ser diferente comigo, não é?
Desculpe se lhe deixei esperando a minha resposta por muito tempo. Mas eu estava pensando. Porque pra mim não era como se eu pudesse fazer uma promessa dessas a alguém como você sem ter nenhum tipo de envolvimento com a resposta. Pra mim, era como se essa fosse a pergunta mais importante que você poderia ter feito. Era como se nós finalmente tivéssemos chegado num estágio onde a partir dali, não havia mais como voltar atrás de forma indolor. Ali era o limite entre se entregar ou não. Entre : "Ah, ele foi só um cara com quem eu sai uma vez." e "Ah... ele é o cara que eu amo."
E então tudo isso desabou sobre a minha cabeça de uma vez só.
Como eu poderia prometer pra ela nunca a magoar? Quer dizer, isso é possível?
Eu já me machuquei outras vezes e com elas, aprendi que não há como envolver-se numa relação sem garantir que no futuro, um dia, haja uma briga ou um desentendimento e mesmo que tudo volte ao normal depois, ela ainda terá acontecido e isso será irreversível. Eu sabia disso.
Ou pelo menos achava que sabia.
Mas com você tinha que ser diferente, né? (:
Com você, tudo é diferente. Se sinto que está triste, quero esgotar minhas energias para lhe ver sorrir. Quero o mal longe de você. E só fico feliz quando posso te abraçar e ver seu sorriso pra mim, dizendo abertamente: "Você é meu ponto de paz e eu estou feliz com você."
E depois disso não importa mais o que pode ou não/vai ou não acontecer. Eu sei o que eu quero. Eu quero a gente.
Prometo nunca lhe magoar. E eu prometo pra mim mesmo que sempre vou ser motivo para seus sorrisos.

domingo, 5 de junho de 2011

Em Paz.

Não escrevo.
Não há o que temer.
Eu só estou...
muito bem.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Contrasenha.

E como num passe de mágica, tudo ficou branco. Sumiu.
E no segundo estalar de dedos, tudo voltou a ser como era antes. Exceto por uma coisa.
Tudo estava diferente.

domingo, 29 de maio de 2011

Valete

Preciso ouvir tua voz. Esticar a mão e te alcançar. Te abraçar bem forte.
Sua timidez exagerada, que comigo, é substituída pela simples felicidade.
A tua bobeira que só pra mim faz todo sentido do mundo.
Seu fluxo de polvos se misturando com os meus.

Nem pense em me negar o calor de tuas palavras.
Lugar onde me mal-acostumei a me refugiar do frio, do medo. Do mundo.
O grafite, que cruza a folha, fez, do cinza, todas as tuas cores.
As cores que jamais sairão da minha folha, da minha cabeça.

Penso que tudo que já acontece, poderá ser ainda melhor com um alguém que eu realmente mais quero pra mim.
Mas, quando penso assim, desejo estar com a mesma pessoa.
Porque eu já estou com quem eu queria estar.
Isso deve fazer sentido. Deveria.

sábado, 28 de maio de 2011

Significados ♪

Oração - A banda mais bonita da cidade
Science - System of a Down
Go with the Flow - Queens of the Stone Age
The zephyr song - Red Hot Chili Peppers
Know - System of a Down
Vermilion pt. 2- Slipknot
The view from the afternoon - Arctic Monkeys
Viva la Vida - Coldplay
Little Sisters - Queens of the Stone Age
Wait and Bleed - Slipknot
Shimmy - System of a Down
Fluorescent adolescents - Arctic Monkeys
Não há de ser nada - O Teatro Mágico

Em breve as significantes (:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

M.L.

"A menina perfeita é aquela que ninguém gosta, ou que todo mundo ama, mas que não faz diferença, porque quando você está com ela, a maneira como ela te envolve, seja ela como for, é suficiente para te convencer de que ela, com certeza, não é como as outras."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cicatrizes

Estou aqui, sentada na minha cama, escrevendo em uma folha de caderno. Confesso que estou cansada, afinal segundas feiras são sempre cansativas, ainda mais quando se tem muitas aulas de matemática. Minha irmã está no computador fazendo trabalho, e eu deveria estar fazendo meu dever de física, mas não acho possível me concentrar quando tenho 1000000 de pensamentos me atormentando. Alguém, cujo nome eu não me lembro, disse uma vez: “A melhor maneira de se esquecer uma mulher é transformá-la em literatura”. Pois bem, eu não quero esquecer de mulher nenhuma, por isso vai aqui a minha frase: “Pensamentos te atormentam? Coloque-os no papel!” Enquanto tento organizar as idéias reparo que minhas unhas estão da cor das linhas dessa folha. Azuis. Como diz a Regina Spektor: “Blue...The most human color”. Coloquei um dos meus Cd’s favoritos para tocar (a trilha Sonora de 500 dias com ela) e isso me faz voltar para o assunto que me impulsionou a escrever este texto.

Eu me acho uma pessoa um tanto quanto fria, mas isso só acontece às vezes, até porque poucas pessoas são tão passionais como eu. E não pense que eu acho isso uma virtude. Não mesmo. E é por isso que eu acho que o Dr. Spock talvez seja o ser mais satisfeito do universo, afinal não ter sentimentos deve poupar muito sofrimento. Enfim, eu disse que me acho fria de vez em quando porque eu não consigo entender bem como uma pessoa pode ter tanto efeito sobre outra. Não é engraçado, é apenas estranho. Talvez eu não entenda, porque, eu me poupo, ou por que logo no início de uma relação eu já me proponho a não sofrer caso algo dê errado. O mais estranho é que eu sempre me jogo de cabeça em todos os relacionamentos, sempre sinto tudo de forma muito intensa. Mas apesar de tudo eu nunca sofri muito com os términos. Chorar? Ôh, como chorei! Mas foi só isso, um choro para lavar o corpo de dentro para fora e prepará-lo para outra relação. Sempre esperando que seja melhor que última. Mas me afetar? Sofrer a ponto de não ser mais eu mesma? Nunca! Acho que fui melhorando a cada decepção, me tornando mais gente, mais esperta, até mesmo mais corajosa.

Essa semana eu assisti a vários filmes românticos e eu vejo como me identifico com alguns personagens, e esses são sempre aqueles que saem juntando os cacos, seus e dos outros, tentando se reconstruir e ajudar os outros a fazer o mesmo. Afinal de contas a vida é assim, ela deve ser vivida, não importa quantas decepções tivemos ou quantas teremos. Sempre que nos reconstruímos estamos sujeitos a outra batida, que nos fará quebrar novamente, mas mais uma vez cataremos os pedacinhos e os colaremos, na esperança de que não se rompam, mesmo sabendo que pode acontecer de novo e mais uma vez. “Vamos viver o que há para viver”(Cazuza) afinal “É a vida, é bonita, é bonita”(Gonzaguinha) e mesmo que soframos “a gente não pode perder o interesse pelas coisas: Há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas” (Caio de Abreu). E carregaremos as cicatrizes da vida, dos amores perdidos, dos afastamentos, das várias vezes que nos quebramos, com alegria, sorrindo ao olhá-las. “Temos de ver as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo(...) Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi!” (Caio de Abreu).

Sobrevivemos! E vivemos na espera do novo. E bem, por falar em espera, eu termino por aqui, já que um pequeno dever de física me aguarda em cima da mesa.

domingo, 15 de maio de 2011

Piloto Automático

Não vou escrever sobre dor hoje. Muito menos sobre sofrimento ou sobre tristeza. Tampouco felicidade. Afinal, não é só disso que escrevo.
Não vou reclamar de nada. Não, hoje. Não vou dizer o poderia ser feito para tudo melhorar, mesmo porque eu não sei isso. Vou dizer sobre o que está, e somente superficialmente.
Quero dizer, Tá tudo bem, mas tá tudo errado.
Não estou vivendo da maneira certa.

Vivo o passado como se fosse possível que isso me levasse à alguma coisa.
É como se eu fosse uma pupa presa dentro de uma canudinho, me construindo para voltar a ser uma larva, e não uma mosca, mas isso é impossível e mesmo se eu conseguir, vou estar sempre preso no canudo.
Me sinto como se estivesse anestesiado. Sinto sentimentos fluindo ao meu redor. Vejo as pessoas sorrirem e conversarem. Eu também estou ali, também estou sorrindo e conversando. Mas estou anestesiado. É como se eu entendesse o que eu deveria sentir naquele momento, mas não sinto.
Sorrio sem estar feliz e choro sem estar triste. Me surpreendo sem tomar um susto de verdade e nem o tédio me entedia tanto quanto antes.
Nada me afeta demais, nada me afeta de menos. E eu nem sei se isso é possível.
É como se todas as notícias tivessem o mesmo impacto sobre mim.
É como se todas as coisas pudessem se refazer e eu não ia nem ligar.
É como se o tempo estivesse parado e eu o visse passando na televisão num canal de ficção científica.
É como se a parte de dentro estivesse adormecida, enquanto a parte de fora estivesse apenas no ...

domingo, 8 de maio de 2011

"Não fique triste, ok?
Quem sabe a gente não se encontra nos sonhos?"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por Enquanto

Mudaram as estações, nada mudou,
mas eu sei que alguma coisa aconteceu.
'Tá tudo assim tão diferente.

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre,
sem saber, que o pra sempre, sempre acaba?

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.
Quando penso em alguém só penso em você.
E aí, então, estamos bem.

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está.
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz.
Estamos indo de volta pra casa.

(Renato Russo)

domingo, 1 de maio de 2011

Planeta Lágrima

Tudo está tão errado.
Tão fora do lugar.

Por vezes eu debrucei, sozinho, da grade daquela rampa e mirei ao longe acenando para alguns amigos. Mas, ela também acenou. Só para depois perceber para quem eu realmente acenava, e tentar abafar o gesto. Ela nunca vai saber que eu reparei nisso.

Já ontem, fiz uma coisa do qual eu não me arrependo hoje, mas amanhã eu vou me lembrar das inúmeras vezes que eu bati a cabeça na parede falando que nunca mais eu faria aquilo outra vez.

Pego meu celular e vejo uma faixa negra atravessando o visor. Sorrio ao ver o nome que brilha nela. Agarro-me a vontade de tocá-la e a respondo com minha imaginação perto do cruzeiro do sul.

Ligo o msn e uma janela chama por mim. Perguntas sobre o convite que eu lhe prometi, mas nunca fui corajoso o suficiente para embarcar em seu navio.

Devo desculpas a quem eu fui tão idiota. Não acho que vou me fazer entender qualquer dia, mas posso fazer por onde ser desculpado.
Só nunca poderá dizer que eu não estive contigo, eu estive às ordens e aos princípios de um falso-namorado.

E então uma lágrima cai ao chão.
Viro-me devagar olhando até reconhecer a dona.
Tudo perde o sentido, a razão e a direção.
De repente aquela lágrima vira um dilúvio que lava a preocupação.
E então todo a escuridão do negro se esvai.
E é naquela lágrima que estou, e é naquele rosto que todo o meu verde se concentra.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aos meus amigos

Não sei o que me inspirou hoje, mas eu resolvi que precisava escrever. Talvez seja o frio que está fazendo aqui, e olha que ainda nem é inverno, até imagino como vai ser quando ele chegar. Mas prefiro assim. Vou falar aqui sobre amizade. Amizade é o mais nobre dos sentimentos para mim. Talvez você esteja se perguntando. E quanto ao amor? E eu te respondo: A amizade é um amor que nunca morre. Eu sei, eu sei. A frase é super clichê, mas se você parar para pensar ela é muito verdadeira. Mas claro, não se engane ao pensar que eu falo sobre amigos que estão ao seu lado nas traquinagens e farras, não, não. Não é desses que eu falo. Eles também são ótimos, mas nem sempre são o que a gente realmente precisa. Eu falo sobre aquele amigo que está lá quando você está extremamente feliz, aquele que te abraça forte, e você sente uma coisa boa naquele abraço, aquele que te diz se você tem algo verde nos dentes, aquele que não deixa suas lágrimas caírem, aquele que te dá um tapa se for preciso, que te mostra como suas conclusões e interpretações são idiotas, aquele que te cobra de estudar, que fala com você “Olha a medicina hein?!”, que come uma bacia de pipoca inteira por você pois você estava de dieta, que não tem vergonha de chorar na sua frente e que no fim das contas você esta chorando junto com ele, aquele com quem você planeja fazer coisas no futuro mesmo sabendo que as coisas nem sempre dão certo, aquele que fica horas no telefone com você ouvindo seu papo sem graça e ainda assim se mostra interessado, aquele que te faz se sentir melhor só de você escutar sua voz, aquele que te faz rir nas horas mais impróprias, aquele que te faz rir de situações em que você estaria chorando, aquele que faz falta, mas tanta falta que chega a doer, nas férias, ou por conta da distancia entre as cidades.

E é por tudo isso que eu nunca, nunca mesmo quero perder os amigos que cultivei. Porque são eles que me dão forças quando eu me sinto cansada, eles que me fazem sentir musa e diva, eles que dizem as verdades que eu não quero ouvir, mas que eu preciso. E é a lembrança deles que eu levarei para a vida, quando eu contar aos meus filhos e netos sobre minha juventude.