quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Descrenças
Não se preocupe, crianças. Não há o que temer exatamente por não haver como lidar com isso. Mesmo que vocês não entendam, não sintam medo. Estiquem suas mãos e apertem-no. Não é estranho? Vocês querem saber o que é isso? Todos querem.
Os adultos o encararão como o salvador e alegarão que, por toda sua vida, esperaram seu retorno. Não é como se isso fosse mentira, mas não passa nem perto da verdade. Adultos tem metade da cabeça bem encaminhada. A outra metade, eles deixaram-se levar, e esta acaba contaminando toda sua existência.
Os velhos demais não aceitarão sua existência. O verão como algo a moderno demais para ter a sua crença e virarão as costas, descrentes..
E por fim, eu vou entendê-lo como eu sempre o imaginei. Negligente até a raiz de todos os nossos cabelos.
Ai de quem me negar.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Amor eterno
2011 definitivamente foi um ano de altos e baixos. Brigas aconteceram, amizades acabaram, amores se perderam. Desculpas foram pedidas, amizades renasceram e amores floresceram. Sem arrependimentos.
A minha única grande tristeza de 2011 é deixar para trás um dos maiores amores da minha vida. Pelo menos por enquanto.
É um ciclo que se fecha, talvez o mais importante para o meu amadurecimento. Na minha memória ficará gravada toda a essa trajetória, todas as lembranças e acontecimentos de três anos muito bem vividos e aproveitados. E cravadas no meu peito, ficarão as estrelas que me acompanharam por todo esse tempo.
Porque esse orgulho estampado no peito, esse amor imenso, jamais será esquecido. É uma daquelas coisas que ficam com a gente até quando nós estamos velhinhos. É aquele tipo de memória que a gente conta pros nossos filhos, netos, bisnetos. É aquele tipo de amor que a gente quer ter a vida toda, mas pensa que só encontra nas pessoas. Mas eu vos digo, eu encontrei esse amor em um lugar. Um lugar com um único defeito: Não ser eterno. Mas que para mim, apesar de tudo, continua sendo perfeito. Um lugar onde eu posso rir, chorar, festejar. Um lugar onde eu encontro a paz, sabedoria e alegria. Esse, é o lugar que eu vou deixar meu coração, com a certeza de que um dia eu vou voltar para buscá-lo.
É com muito amor e carinho, com muita tristeza e sofrimento que eu digo: Até breve, Pedro Segundo!
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Aurora
Esse texto não será nenhuma crônica, narração ou poesia, digamos que este será um texto sem estilo, apenas um carregado de sentimentos. Bom, o que dizer? Já vou logo avisando que o texto será recheado de clichês, e palavras que não são minhas, e essa constante metalinguagem que eu tenho usado. Então, aqui vão minhas pobres palavras:
Meu professor de biologia, toda vez que falávamos sobre evolução e ecologia, dizia: "A vida é um ciclo sem fim." Porém, de certa forma, não concordo com essa frase. Para mim, a vida é na verdade, composta de vários ciclos, que terminam um dia. Mas talvez ele esteja certo, talvez seja mesmo sem fim, mas seja cheia de novos começos, que de certo modo encobrem o ciclo descrito anteriormente. Outra frase que expressa bem o que eu quero dizer vem de um dos meus filmes favoritos, daqueles que me fazem chorar toda vez, mesmo que eu já tenha visto milhões de vezes. "Toda história tem um final, mas na vida cada final é um novo começo." E o que pode ser melhor que isso? Dizem que todo primeiro raio de sol vem embebido de esperança, e o que é o amanhecer, se não um belo recomeço? Sinto-me honrada por ser parte dessa alvorada, e espero que ela tenha doses infinitas da mais pura esperança e mais puro amor. Elementos esses, que são os componentes principais do nosso remédio vital. Os finais deixam sim saudades, mas elas são interrompidas por sorrisos e batimentos acelerados que o recomeço nos dá.
"Tudo tem seu apogeu e seu declínio...É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos 'o nada', eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço" (Chico Xavier)
De mãos dadas fechamos um ciclo, dando assim, não o primeiro, mas os passos necessários, para o novo, o seu, o meu, o nosso. Felizes continuaremos, de mãos dadas, porque o nosso ciclo, será cheio de recomeços, terá despedidas, risos e choros, mas continuaremos juntos.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Ana e o mar
Pois só há um lugar onde a paz eu sempre poderei encontrar.
sábado, 5 de novembro de 2011
Assim tão louco.
E por vezes você volta a minha mente.
Bate falta de você do passado ao presente.
Não é porque eu quero que fique, mas não se vá.
Não é como se eu desistisse, mas não voltaremos a tentar.
Porque é como você disse um dia.
Você sempre esteve aqui, só eu não via.
Como antes, tudo que eu quero é que as coisas deem certo.
Pode até ser que eu termine mal, mas ainda triste, da felicidade, estarei mais perto.
E que quando chegarmos no fim, que tudo isso ainda importe.
Os laços que criamos ligam todos nós, por sorte.
É estranho saber que tudo que sentimos, sentimentos velhos e passíveis.
Possam mudar, melhorar ou continuar como sempre foram. Imbatíveis.
Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."
Não quero que nada mude.
Mas nos sonhos confusos é como se eu gritasse: "Por favor, me ajude!"
Nem ouvir: "Éramos só adolescentes naquela época tão louca!"
Um comentário vazio, de tristeza, minha voz fica rouca.
Amei você, e por isso, te quero bem.
Mas é o meu amor falando, lembra dele? "Acabem!"
Não desvio meus pensamentos. Olho pra cima e vejo o céu.
Piscam as estrelas e é a que mais brilha nesse imenso véu.
Deito a deriva e sinto aquele frio.
Como se fosse cair pra cima, me sobe um calafrio.
Mas as luzes ao redor me trazem de volta, são os brilhos civis.
E de tão longe, eu só quero é ser feliz.
Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."
Se lembra o que você me disse antes de ir?
"Se cuida." Eu ia responder: "Te amo.". Você nem quis ouvir.
Sei que te fiz esperar, mas acho que o que você fez foi pior.
Senti a sua dor, só que ela me fez bem maior.
Te esperei por mais tempo do que devia e ainda espero.
Acho que até a próxima, eu deva esperar um tempo enquanto me regenero.
Vejo sua sombra voltando ainda bem distante.
É a volta que eu mais aguardei, que foi mais importante.
Apesar de que, talvez quando você voltar eu ainda esteja aqui.
Talvez não.
Talvez você entenda as coisas que escrevi.
Talvez não.
Talvez se interesse e queira saber das coisas que ouvi.
Talvez não.
Talvez entenda minha história e me espere do outro lado. Duma coisa todos temos certeza: Eu vivi.
Talvez não.
Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."
Que cada um possa se encontrar nessa tempestade.
E, meu amor, que seja feita nossa vontade.
domingo, 23 de outubro de 2011
Futuros Amantes
Se eu pudesse, cantaria canções de ninar para te acalentar, secaria teu pranto quando este fosse rolar, e beijaria tua testa para te confortar. Estaria aqui o tempo todo, unica e exclusivamente para você.
Se eu pudesse, acabaria com todas as tuas dores, todos os teus desamores. Faria o mundo mais belo o possível, só para que você pudesse contemplá-lo, moldaria tudo do jeito que fosse perfeito para você. Por mim, você seria o homem mais feliz do mundo.
Seria também o homem mais amado do mundo. Seria o dono de um amor tão puro, tão simples, sem existe maldade aparente, ou razão que entenda.
Sim, por você eu faria tudo isso e mais um pouco, simplesmente com o propósito de te mostrar eu me sinto, para que você sentisse apenas uma parte do que eu sinto quando estou ao seu lado.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Manage me, I'm a mess
Medo e incerteza. Essas duas palavras tem resumido meus últimos dias. Sinto-me presa à indecisão. A competitividade me envenena junto com o ciúme, ambos fazendo minha cabeça formular pensamentos que ecoam e arrepiam até os ossos. Já é a reta final, o último fôlego antes do mergulho, e eu me vejo sem a capacidade de inspirar.
Busco consolo no abraço conhecido, que me ajuda por alguns minutos. Depois fico sozinha de novo. Não quero sair da cama e ter que dar satisfação a ninguém, afinal, poucos acreditam realmente em mim. A voz em minha cabeça insiste em me torturar. O telefone toca. Hora de desabar e deixar as lágrimas aparecerem para quem eu tenho certeza que nunca irá deixa-las cair. Conto meus medos, digo minhas incertezas, despejo rios de lamentos e do outro lado da linha ouço uma voz áspera que me faz engolir o choro de uma só vez, dolorosamente. “Confiança! Eu te amo e você consegue!”, ouço essas lindas palavras ditas de forma rude, com um nó na garganta. Minha voz trêmula profere palavras de concordância embebidas de saudade. Desligo o telefone, tento me recompor. Não quero que perguntem a razão da minha tristeza. Deito n cama novamente, ainda há um resquício de dor em meus olhos. Volto para os pequenos braços conhecidos que secam minhas lágrimas que brotaram de novo. Um cílio cai. Fazemos um pedido, e eu peço para que o medo que me congelar não tenha fundamento, mas o cílio não fica comigo. Rio ironizando a situação, e digo qual havia sido meu pedido, então ouço sua voz macia: “Eu também pedi por você...”. Uma cachoeira de lágrimas temperadas com carinho, emoção e uma pitada de dor, caem novamente. “Confie em você mesma como eu confio.”, ouço. Sorrio meio triste e pergunto a razão da confiança, ela diz então: “Você é minha irmã mais velha, minha inspiração”. Um abraço forte sela uma amizade consanguínea, um beijo seca a última lágrima que caiu. No meu celular vejo uma mensagem que me faz sorrir, e me dá forças para levantar da cama espaçosa e lavar o rosto.
Com a cabeça erguida eu caminho em direção à porta, lembrando-me da história do sapo surdo que, por não ouvir os gritos de desencorajamento, escalou o mais alto cume. Subo as escadas com o peito inflado e olhar confiante, pronta para a guerra. Afinal de contas... ELES confiam em mim. Não preciso de mais nada.
Enciclopédia do utópico, um dicionário do amor
A inocência de um enlace de das mãos, segurando firme umas as outras. A inocência da época em que só aquele aperto bastava para o conforto de duas almas, em um mundo onde beijos e sexo eram coisas completamente inexistentes. Essa inocência sim, as pessoas nunca esquecem, ou deveriam nunca esquecer, mas que infelizmente parecem que aconteceram em outro mundo. Um mundo onde apenas um olhar já garantia a da existência de um amor.
Por que esse mundo agora é tão diferente? Nesse mundo antigo, o coração nunca cansava de bater. Ele sempre estava lá, forte e resistente, exaltado só em ouvir o nome da pessoa amada. O mundo bastava só de um estar na presença um do outro. O ciúme era apenas uma coisa desconhecida que fazia o coração doer quando estávamos com outros alguéns, e não esse monstro que hoje arruina tantas vidas. Os olhares eram cheios de um inocente querer, e não esses voluptuosos olhares de arrancar pedaço.
Mas no fundo o que me faz sentir saudade da inocência é esse amor verdadeiro, sem vergonha de demonstrar ou querer, e que apesar de tantos anos a gente nunca esquece e que dentro do nosso coração nunca deixa de existir.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
O Triângulo
Nessas histórias os envolvidos nunca querem protagonizar a história de ciúmes de Otelo e Desdemona, mas em todos os casos, é assim que esse sentimento funciona, é um espetáculo de matar ou morrer. Um dos ponteiros nunca vai alcançar o outro nessa luta de rodar e impressionar o pino, o que as pontas fazem com o nó sempre será prejudicial tanto para o nó, quanto para as pontas e no triângulo, as nunca haverá um encontro entre os vértices. Uma ponta sempre tentará jogar a outra no ostracismo, e é difícil a coexistência de amizade e amor nessas situações. Tudo é esquecido e deixado para trás.
Mas, apesar de tudo o que digam, de todos os defeitos que existam nesse estranho sentimento, ele não é de todo ruim. No fundo, ele só está ali inocentemente escondido, querendo sair para brincar de vez em quando. E é quando essa “brincadeira” acontece, que nós vemos que por trás de todo esse mar de inveja, choros, ataques e ciúmes, na verdade os ponteiros tem um coração, e que eles querem demonstrar da forma mais peculiar possível que só eles podem fazer o pino ser na realidade o homem mais feliz do mundo.
domingo, 16 de outubro de 2011
Trust me, I trust you.
Quero começar este texto, fruto de algumas horas de devaneios, com uma pergunta...
O que você acha de ir comigo para a cidade açucarada? Não seria legal? Neve em forma de sorvete de baunilha e pequenos lagos de limonada. Seria perfeito...Combinaria com a composição dos nossos corações de gelatina, não acha? Além de perfeito, impediria a entrada daqueles intrusos que não suportam a doçura da vida, e que se veriam presos por suas longas vestes em nosso chão melado.
E que tal um poço dos desejos? Onde cantaríamos nossos versos, que ecoariam em sua profundeza, se misturando com o som dos nossos batimentos acelerados e envolventes. O que me diz de uma fábrica enorme de macarrão? A massa depois de muito batida e bem preparada se extinguiria em nossas bocas e na de nossos frequentes convidados que nunca teriam nomes esdrúxulos.
Ao fim do dia poderíamos dançar na chuva enquanto eu sussurrasse palavras doces ao seu ouvido, minhas negras madeixas se misturando com sua pele alva que facilmente se arrepiaria ao toque nos meus lábios quentes. Seria inteiramente sua. Cada célula desse corpo imperfeito sob sua inteira responsabilidade. “confio em você”, eu diria sempre. Confio o suficiente para me entregar e caminhar com você em direção a esse mar de incertezas.
Afinal, ao seu lado, em nossa cama pequena, eu sei, eu sinto, que tudo vai dar certo e que enfim estamos onde deveríamos estar.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
(O morro dos ventos uivantes - Emily Brontë)
sábado, 8 de outubro de 2011
você me completa, amor
Quando eu paro pra pensar nos motivos, eu não entendo. Eu acho que estava apaixonada, acho que fiquei assustada com tudo isso, eu não sei. Eu não queria admitir. E agora, de novo, eu não quero admitir isso, mas eu sei que te perdi. Eu sei, eu vejo isso. Eu não sou mais a sua pequena, eu não sou mais a cor da tua vida. Nos seus olhos eu sou só uma pessoa orgulhosa demais, confusa demais.
Mas do fundo do meu coração, se eu pudesse voltar no tempo, eu voltava. E eu seria sua namorada, sua irmã, seu chão, tudo o que você quisesse, porque hoje eu vejo que tudo o que bastava na minha vida era estar ao seu lado.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Cão Maior
— Sentirei sua falta. — disse inconsolável, com a cabeça entre os joelhos.
"Não vai." — replicou a voz em sua cabeça.
— Ela se foi. Não poderei mais te ouvir. — a emoção escorria-lhe pelos olhos.
"Não é tão simples assim, pequeno." — ela insistiu. — "Os brilhos de outras luzes ofuscarão a tua vista, mas você não vai se livrar dos meus assim tão fácil."
— Eu não quero mais ninguém. — retrucou levantando a cabeça triunfante.
" Por enquanto." — e sumiu.
— Você está aí? — perguntou a esmo.
"Sempre."
— Não senti sua falta. — disse receoso.
"Entende o porquê?" — perguntou, amistosa.
— Entendo. Sempre esteve comigo. — esclareceu.
"Sempre." — respondeu, feliz.
— Mas coisas mudaram. — disparou.
"Sim." — sem deixar de parecer feliz.
— Não sentirei a sua falta. — disse, cabisbaixo mais uma vez.
"Entendo. De qualquer forma, ainda estarei aqui."
— Essa é a pior parte. — triste, disse.
"Até."
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Com você.
No começo eu ia parecer uma figura imponente, um verdadeiro herói e perto de mim tudo daria certinho, como sempre. E você fugiria para o meu lado para se sentir segura, mas depois, coisas mudariam. Você cresceria e perceberia que os anos começaram a me derrubar aos poucos. Meu cabelo fino não terá mais a mesma cor, minha visão fraca terá de ser reforçada e por vezes minhas decisões não terão tanta imponência quanto antes. Até meu sorriso, antes, tão acolhedor pra você, agora parece fazer tanta diferença aos meus dias de glória. Apenas meus olhos continuarão os mesmos. Desde a homenagem no primário, até a última cerimônia de comemoração de suas formaturas. Serão os mesmos olhos marejados que você sempre se lembrará.
Até mesmo quando eu for embora, você vai olhar no espelho e vai ver os mesmos olhos a chorar. Mas vai sorrir sem querer com esse resquício de lembrança. Felicidade e tristeza. Eu vou estar pra sempre com você. Vou te visitar nos teus sonhos. E meu abraço caloroso vai fazer você entender que ainda que nada disso nunca tenha sido verdade... Você sempre vai ser especial para mim, minha filha.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
O Tormento
Isso nunca vai dar certo, garoto. Ninguém se entregaria assim como você quer. Essa menina nasceu pra ficar longe de você e você nunca vai conseguir alcançá-la. Entende, moleque, você não tem idade para uma história de amor. Você acha que ela vai te esperar esse tempo todo? Vão aparecer outros meninos, ainda melhores por quem ela vai se deixar levar tranquilamente, você vai assistir cada passo, desde o momento quando ele for um "amigo bobo" até quando ela só falar dele. É claro, não vai acabar por aí, porque eles vão estar saindo direto e ela vai esquecer completamente de você, mas vai ser assim, devagarzinho, cada dia mais dolorido. Você vai estar sozinho do outro lado, porque quanto mais triste você estiver, mais as pessoas vão se afastar de você, você sabe disso. Lembra?
É... sozinho e inútil, porque sabe o que você vai poder fazer pra mudar alguma coisa? NADA! Ela nem vai ligar para seus avisos e preocupações, ou talvez até pareça ligar, mas ela vai estar fingindo, e o pior é que você vai perceber, afinal, ela sempre foi uma péssima atriz. Quando você perceber que ela está mentindo vai ser mais doloroso ainda.
Ok, ela te ama. Acredita, ama sim, mas você não faz ideia do quanto vai ser diferente o sentimento por alguém que está ali, com ela, o tempo todo, até mesmo nos momentos íntimos quando vocês costumavam estar sozinhos. Ele vai estar lá. Você não vai entender, afinal, ela não te amava tanto? Pois é, moleque, advinha? Ela estava enganada.
"O que você queria? eu tinha 17 anos!" E só quando ela disser isso, você vai se derrubar de uma vez. Vai entender que eu tenho razão. Vai se sentir patético, afinal, como você pode culpá-la? Daí você estará morto por dentro. As coisas vão voltar a ser preto e branco como eram antes dela e todo o resto da sua vida vai ser assim... imperfeito.
Mesmo porque, se você morresse agora, ninguém iria sentir sua falta.
sábado, 20 de agosto de 2011
Songbird
Observando os anos que se passaram e os dias que tem ficado para trás, posso perceber as mudanças no que para mim antes era o cotidiano, nada além do comum. Quando a gente se afasta por um tempo, mesmo que este seja mínimo, a gente começa a enxergar coisas que antes os nossos sentimentos tentavam encobrir. Mas tudo não passa de uma linha tênue, um simples limite imaginário que em frente a olhos despreparados ou desacostumados parece uma montanha.
É fato que com o tempo as pessoas se afastam, afinal os interesses mudam, nada mais do que eu esperava.Acontece que esse tipo de separação, rápida, normalmente se dá quando as pessoas não são assim tão próximas, pelo menos eu pensava assim até um tempinho atrás. Mas hoje posso ver que o tal limite resolveu pegar mais gente. Alguns foram levados e eu nem me importei,mas...Como de repente as conversas compartilhadas, as risadas escondidas por trás de uma amizade inconseqüente e de segredos velados, fios de cabelo que já estiveram tantas vezes na ponta de meus dedos, e que tiravam de mim lamentos quando eram cortados com a desculpa de que parecer o Liam do Oasis não agradava os progenitores, brincadeiras que as vezes eram retribuídas com tapas meus, comentários idiotas e caretas engraçadas, foram substituídas por um simples Bom dia com um abraço frouxo?
Até o dia daquela prova, eu nem tinha me dado conta desta distancia que ainda me deixa próxima. Mas naquele dia, quando depois de um bom tempo sem trocar olhares ou palavras, eu disse “Boa Sorte”, e como retribuição recebi um sorriso grande e familiar, com dentes enormes e engraçados que combinam com um rosto fino e nariz comprido, com cabelos desalinhados e castanhos, e uma cara de sono constante. Percebi que agora eu pertenço a um lado que se distancia, mas não por que eu queira, apenas por que a fatalidade quis assim. Mas sinto falta do tempo que o limite não tinha se intrometido no meio. Sinto falta das canções, do jeito como me entendia, e pegava no violão, da cara que fazia quando estava assustado e do jeito como enfrentava as pessoas. Do jeito desajeitado de jogar futebol, fato que contribuiu para a invenção de um apelido que se propagou, do jeito como demora a entender as piadas, do jeito travesso de menino Peter Pan, e até mesmo dos rompantes de carência.
Espero que um dia o limite me devolva todos aqueles que ele levou de mim, e que junto deles, em especial, me devolva assim como foram, aqueles que me fazem mais falta. Principalmente o meu amigo e interprete preferido de Songbird.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Rascunhos
É inútil tentar lutar contra essas memórias.
Também é inútil tentar organizá-las.
Então apenas escreva, Felipe.
Pois é, querida, a insanidade já me atingiu. Apesar de que isso não lhe é novidade, uma vez que só minhas besteiras, bobeiras e palhaçadas te arrancam aquele sorriso largo que você tanto teima em esconder. Puxo sua mão para vê-la sorrir, só porque você não sabe que eu podia amar esse sorriso tanto quanto você o quisesse, mas se por acaso, eu estiver errado, não se esconda entre as nuvens, elas embaçam a sua luz e minhas noites sombrias me afogam como se voltassem a todo vapor.
Não lembro de como começou. Depois de perder a maioria dos motivos de continuar indo e vindo, assim, seu sorriso largo e seus cachos emaranhados espantaram meus fantasmas como se a pureza e felicidade que eles me passam se tornasse suficente para acalmar meu espírito assim, num piscar de olhos. E então as coisas ganharam luz novamente. Porque, como a lua, você passou a refletir a luz do sol e iluminar novamente dias ensolarados nas minhas noites intermináveis. E eu amo a lua. Imagina eu sem a minha lua particular? Nem todas as estrelas, cruzeiros e escorpiões, muito menos as constelações, Sirius e Antares me confortariam pela perda do meu satélite invertido, satélite que me atrai para orbitar ao seu entorno.
Fique bem, brilhe linda, sorria sempre e me ganhe mais.
Eu começo esse texto pelo final, e como o Felipe que vos escrever tão longe está do final desta história, começo pelo que imagino ser o futuro que me espera no fim deste caminho. Começo então pela escolha. Sendo sincero e sensato (se é que é possível ser ainda mais) esta escolha nunca deveria existir. Ainda sendo sensato, imagine-se como uma criança. Uma criança que adora uvas, mas que não sabe que uvas tem caroço e que não se deve comer uma por inteiro, pois o caroço tem um gosto azedo. Contudo, depois que seu avô lhe ensinara, o menino já não sabe mais o que escolher no lanche. O morango o fazia tão bem, e não tinha nenhuma contraindicação, o menino queria preferir a tal fruta vermelha. A uva, por outro lado, o fez talvez até melhor, mas é tão mais difícil com ela.
A única diferença entre você e ela, é que, enquanto você não souber desse meu romance secreto, eu posso me aventurar a te abraçar, a te fazer sorrir e a segurar sua mão. Por que? Ué, não faço ideia. É que um passo em falso ou precipitado e algumas palavras mal interpretadas fariam tudo ir por água abaxo.
domingo, 14 de agosto de 2011
Filho
sábado, 13 de agosto de 2011
Ao dia dos pais
Mas hoje está mais difícil. Na verdade, isso anda mais difícil. Eu estou escrevendo mais na esperança de que você volte pros meus sonhos, mais na esperança de imaginar as coisas de um jeito mais real, como sua voz ou frases que você provavelmente diria. Eu não me canso de imaginar conversas e abraços, mas nada disso é tão real como antigamente. Eu não sei o que mudou, e também não sei o que fazer para que tudo volte. Eu só espero, peço, faço meus apelos mentais para que você apareça.
E esse é meu texto é mais uma forma de apelo, é pra que você volte, esse desespero é pra que você apareça. Eu sei que esse dia deveria ser seu, mesmo que você não esteja mais presente, mas esse é o meu desejo de dia dos pais: um abraço seu.
sábado, 6 de agosto de 2011
(Camila Archuleta)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Até onde amizade vira amor?
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Justificando meu silêncio
(A Larissa Mattos, como um pedido de desculpas)
“So if you’re lonely you know I’m here waiting for you”
Sabe quando alguém que você gosta muito de uma pessoa e ela está passando por uma situação difícil? Perfeitamente normal. Todo mundo tem dias bons e dias ruins, a vida é feita dessas contradições. E, quando as coisas não estão indo lá muito bem, é bom saber que você pode contar com alguém.
O problema é se alguém conta com você pra uma situação dessas e você simplesmente não sabe o que dizer pra ajudar. Ou pior: quando tenta ajudar e só piora a situação. O que fazer quando isso acontece?
É totalmente desanimador quando você sabe que alguém espera encontrar em você conforto, uma palavra de amizade e você não tem nada a oferecer…
Me encontro nesse estado agora, uma pessoa muito querida sofre, e eu não tenho nada, absolutamente nada a dizer. Sou ruim com as palavras. E o meu silêncio ou as palavras atrapalhadas aumentam cada vez mais meu sofrimento por essa pessoa.
Não sei o que dizer, queria poder me teletransportar, para poder estar com ela e abraçá-la, somente abraçá-la, e, em silêncio ouvir cada minuto do seu choro até ele se tornar um simples soluço e, então, cessar.
Não posso, estou distante e essa mesma distância aumenta meu silêncio e meu sofrimento. Estou calado, leio o sofrimento em suas mensagens e sinto-me incapaz de fazer qualquer coisa agora para ajudá-la.
Espero que ela entenda que não é por ser insensível ou indiferente que mantenho meu silêncio. É justamente por estar sentindo junto dela o seu sofrer que fico mudo pela dor…
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Felicidade
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. / Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar. / Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser. / Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar. / Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você. / Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Se tem uma coisa que eu não entendo nos seres humanos é essa nossa mania de sempre reclamar de tudo. Nós sempre estamos tristes, nunca estamos satisfeitos com nada e sempre nos focamos nessas coisas. Deve ser algo da nossa natureza, porque pouquíssimas são as pessoas que não estão reclamando constantemente de como a vida é ruim, de que sente como se sempre faltasse algo. Não que as pessoas não tenham problemas, não que elas não sofram, mas tem gente que vive de sofrimento. Por mais que existam decepções, sempre há um motivo de felicidade (que sempre passa despercebido).
E mesmo que a felicidade esteja em menor número, por que deixá-la passar? Por que viver de tristezas? Se todos nós déssemos valor às pequenas felicidades, tudo seria diferente. Quem pensa que a vida não tem jeito, quem está sempre reclamando, deveria dar o devido valor às coisas ao seu redor. A felicidade está nas pequenas coisas, está no céu, no mar, nas flores, na criança sorrindo, na chuva. A felicidade está no nosso lado, nas pessoas que gostam da gente e nos querem bem. Está no abraço dos familiares, no sorriso do amigo, no 'eu te amo' que nós ouvimos, no carinho do nosso bichinho de estimação. São essas pequenas coisas, que durante o dia-a-dia nós deixamos passar despercebidas e não valorizamos. A vida não é feita só de momentos tristes. Mesmo que existam cem motivos para chorar, sempre existirá um para sorrir.
Por que ao invés de estar com essa cara de choro, você não procura motivos para sorrir?
terça-feira, 19 de julho de 2011
Rios
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Caixa de Entrada
Hoje é um dia lindo. A Thais te mandou um beijo, sorte sua. Ah, não esquece de falar sobre sairmos, hein?
Um presente ao passado.
Volte. Volte ao tempo quando não havia dúvidas.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Pra você guardei o amor
Pra mim amor não é aquilo que eu falo pra qualquer pessoa na esquina, qualquer amigo, sim, infelizmente qualquer amigo, porque a gente se engana até na hora de amar os amigos verdadeiros. O amor não é um sentimento que você esquece, ele fica lá pra sempre, pra sempre mesmo. É um sentimento mais intenso do que o gostar, pois quando você simplesmente gosta de alguém, mesmo que muito, esse sentimento vai se apagando aos poucos, mesmo que imperceptívelmente, e quando você menos espera e se afasta de alguém, você já não gosta mais. Quando você simplesmente gosta de alguém, e vai percebendo seus defeitos, o ''amar'' diminui. Mas com o amor não, o amor é eterno, porque mesmo que você se afaste, você sempre vai amar intensamente, mesmo que a pessoa seja a mais defeituosa que existe, você vai passar por cima desses defeitos e continuar amando.
Então me diz agora, se isso é amor, como alguém consegue esquecer tão fácil o outro?
O amor é eterno, não é um frasco de perfume que você pode comprar, usar e jogar no lixo quando acabar. Pessoas podem ser substituíveis, o amor não.
Porque mesmo que você já não tenha mais tanta memória, mesmo que você esteja muito mal, o amor vai bater à sua porta e lembrar que está ali dentro, no seu coração.
Então, se você não sente, não fale. Custa alguma coisa você REALMENTE amar a pessoa na hora de dizê-la que a ama? Custa o amor ser sincero, verdadeiro?
Eu simplesmente não sei, mas tenho certeza que daqui em diante farei de tudo pra que seja sincero.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Quem quer ser professor?
Eu sei que dar aula não deve ser nada fácil, mas todo esse deboche e repúdio em relação à uma profissão tão digna, uma profissão que é a BASE é desnecessário. Ser professor é uma das profissões mais importantes do mundo e infelizmente aqui no Brasil não é algo tão valorizado. Você, que quer ser engenheiro, antes de olhar com pena para os futuros professores, antes de debochar, lembre-se que desde criança você precisou de professores para te ensinarem o be-a-bá. Na faculdade existirão professores te ensinando, todos que querem seguir uma carreira acadêmica precisam de professores. Antes de colocar defeitos, lembre-se que seus filhos passarão pela escola e que um dos maiores meios de manipulação e de formação de pensamentos das pessoas é a escola. Ser professor é algo mágico, é poder mudar a mente das pessoas, expandir o jeito delas pensarem e ao mesmo aprender com elas. É compartilhar um pouco de sua sabedoria e conhecimento de mundo. É formar novas mentes para o futuro, criar consciência política em jovens, fazê-los raciocinar e pensar que o mundo pode ser além do rebanho natural onde um segue o outro. É a forma mais direta que existe de mudar o mundo, pois você está lidando com mentes e ideias o tempo todo, você está construindo o modo de pensar e o futuro de centenas de pessoas, educando, crescendo e evoluindo. Uma sabedoria compartilhada pode mudar completamente a visão e o futuro de uma pessoa.
Por isso, antes de qualquer coisa, respeite! Lembre-se que sem o professor, muitos seriam nada.
Matérias como esta http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/quem-quer-ser-professor sempre me fazem ter esperança de que quem está louco é o mundo, não eu.
domingo, 3 de julho de 2011
Reflorestado
"- Eu faço bem?"
"- Faz pra mim."
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Deslembranças
Lembrar de alguém é a mesma coisa que perceber que você a tinha esquecido?
Se sim, isso necessariamente significa que aquela pessoa não lhe significou muita coisa por um espaço de tempo?
Tempo suficiente para você fazer e pensar coisas que ainda que a envolvam, você nem passa perto de pensar no tal indivíduo?
Eu tenho que achar isso ruim?
Minhas escolhas fazem quem eu sou. Mas pode ser que quem eu sou, tenha escolhas diferentes das minhas?
quinta-feira, 30 de junho de 2011
O tudo é uma coisa só.
Todos eles
Quantas histórias, quantas saídas.
Quantas pessoas perdidas.
O que você espera ler?
Depois de tanta dor e sofrimento,
decepções, angústias, tristeza e muito lamento,
ainda procura alegria e felicidade dos outros para se aquecer?
Uma surpresa pra você, isso não vai rolar.
Eles não querem serem felizes, sorrir, nem se alegrar.
Porque não é esse o destino de quem escolheu se entregar.
Porque quando alguém é importante, é só por ele que eles conseguem falar:
"Eu só sei te amar."
Gente esquisita essa que chegou.
Mas tudo bem, eu já preparei a minha armadura de papel.
Meu escudo de palha, minha lança de mel.
Mas eu não sei se vou ficar bem segundo o que ela me contou.
"Essa gente
é muito envolvente,
dificilmente contente
e pouco sorridente.
Por que você não se envolve com gente mais decente?
Essa coisa eminente
vai te deixar doente!
Uma coisa eu sei, somente.
São muito persistente,
e se não deixá-las imediatamente,
terá cáries no dente."
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Amor ausente
Eu não sei se existe um outro lado, eu não sei se eu vou te encontrar de novo, mas se eu pensar que essa possibilidade não existe, eu sempre choro. Saber que existe algo além me conforta. Saber que um dia eu vou poder te ver de novo, te abraçar sem ser em sonho me faz mais feliz.
Quem me dera poder dizer que te amei muito, quem me dera poder dizer que você é meu exemplo.
Será que você realmente está em algum lugar pra saber? Se você estiver, eu espero que você saiba que eu me orgulho muito de você. E que mesmo com seus defeitos que as minhas lembranças infantis não perceberam, eu quero sim ser como você. Se você estivesse aqui hoje, você me veria mais madura, e talvez eu tivesse percebido algo no seu jeito que me faria te criticar, coisas que infelizmente eu sempre faço com a minha mãe. Mas eu duvido um pouco, porque eu sempre fui a sua princesa, a sua pequena, seu bebê. E na medida do possível, eu sei que você fazia de tudo pra me ver feliz, estar presente. E fez. E se hoje eu me arrependo de algo, é ser apenas uma menina quando você se foi, porque infelizmente eu não pude te dizer o quanto você foi importante na minha vida, o quanto você formou o que eu sou hoje. Mas talvez você saiba, talvez você esteja lendo. Espero que você esteja vendo que eu estou conseguindo cumprir minha promessa, minhas lágrimas não são em vão, se eu choro é sempre por ti, mas é sempre de felicidade e de saudade, nunca de tristeza. E eu espero que você saiba que eu achei aquele poema, e não desculpo sua fraqueza e seu cansaço, pois não tem o que se desculpar, eu entendo. Eu só queria poder fazer com que tudo fosse diferente. E eu espero que você esteja vendo o que eu quero me tornar, o quanto eu quero ajudar as pessoas, coisas que eu aprendi com você. Mais uma vez, eu não te conheci completamente, mas minhas lembranças infantis me mostram que você foi uma das pessoas mais maravilhosas do mundo, minhas lembranças me mostram um exemplo que eu devo seguir, me mostram o seu reflexo no espelho que eu tento mirar. Hoje eu entendo que realmente não existe amor ausente, porque você está sempre na minha memória, no meu coração, pois não passa um dia sem que eu me lembre de você, não passa um mês sem que eu sonhe contigo, sonhe que estou te abraçando de novo.
Vou esperar, crescer, viver, e eu sei que um dia, nós vamos nos abraçar de novo.
Mas isso vai só acontecerá quando a minha praça parar de girar.
terça-feira, 28 de junho de 2011
I'm walking after you
If you walk out on me, I'm walking after you."
É impressionante como a cada dia que passa, eu odeio cada vez mais o que você está se tornando. Mas ao mesmo tempo eu me sinto completamente vazia quando estou longe de ti. Depois de tanta confusão, tristeza e solidão, eu descobri que minha paz é estar nos seus braços, todo o vazio é preenchido pelos nossos olhares, braços e lágrimas. E mesmo me sentindo uma idiota por estar perto desse alguém 'novo', por ter necessidade de estar perto desse alguém, eu não consigo evitar. Eu que sempre fui tão racional, não consigo usar minha mente quando o assunto é você, como sempre. É sempre esse maldito coração, que insiste em te amar. Já não existe mais culpa, não existe mais ciúmes, não existe mais orgulho, não existem mais sentimentos ruins. Tudo isso foi deixado pra trás. Agora só existe a necessidade de estar junto, falando, brincando. Só existe eu e você. E espero, realmente espero, que você entenda que no fundo desse coração que eu insisto em usar como cérebro, existe um sentimento que permanece intacto, existem momentos felizes, erros cometidos que hoje não passam de boas memórias felizes. Eu finalmente entendi o que é o amor, acima de tudo, entendi o companheirismo e a amizade. Amor é isso aí, passar por cima dos defeitos, amar o que você odeia. Você conseguiu, finalmente a emoção venceu a razão, pois se minha razão diz que acabou, meu coração diz que é pra sempre. E eu escolho o coração. Finalmente eu entendi que por mais que a gente tente racionalizar o amor, a gente nunca vai conseguir entender essa loucura irracional e sem lógica que ele é. Não dá pra explicar o que se sente, não dá pra entender o amor como uma lógica, como a matemática, pois o amor por si só é uma prova real, a prova de que eu amo você.
sábado, 25 de junho de 2011
Por que Medicina?
Desde bem criança os cursos na área de saúde me atraiam mais. Talvez fosse pelo modo inocente com que eu encarava a profissão ou mesmo pelo apelo que ela tem dentro da sociedade. Sempre gostei mais ciências biológicas, e conseguia boas notas, o que me fez considerar ainda mais a possibilidade de optar por esta área, principalmente quando a biologia começou a introduzir os conceitos de anatomia e citologia, nas últimas séries do ensino fundamental.
Dizer que medicina foi minha primeira escolha é mentir. Pois eu migrei, durantes estes longos anos de escola, de um curso para o outro, mas todos dentro da mesma área. Primeiro o que mais me atraía era a biologia em si. A vontade de trabalhar com animais e plantas era grande. Porém, depois de conversas com parentes e professores, entendi que a profissão é bonita, mas o retorno, tanto financeiro como pessoal não é dos maiores. Depois, pensei em partir para área de bioquímica, que puxou para o lado da biomedicina, curso que eu pretendia fazer até a oitava série. Mas foi por um acontecimento peculiar que eu escolhi meu curso. Em um domingo, quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, eu estava na igreja, quando de repente a missa foi parada. O leitor pediu por um médico pois havia um velhinho passando mal lá dentro. Várias coisas passaram por minha cabeça, mas a que mais marcou foi “Como deve ser gratificante ajudar uma pessoa, e dizer com licença, EU SOU MÉDICA, posso ajudar?”
Foi a partir desse momento que eu decidi o curso que eu quero. Ao longo dos três anos do ensino médio, e das pesquisas feitas para saber se medicina realmente é a profissão que eu desejo para mim, eu percebi que o retorno é enorme. Em todos os sentidos. E que apesar da dificuldade do curso, das coisas que terei que sacrificar para poder ter meu sonho realizado, eu faço e farei tudo por amor. Eu acredito que eu posso, e é nisso que eu me agarro todos dias, e que além de poder eu quero. E depois de tudo, o retorno não será só para mim, mas para toda a sociedade. Medicina é o curso que eu amo, e é por isso, acima de qualquer recompensa monetária que eu o escolhi. É vocacional.
(Texto feito para meu trabalho de Ensino Religioso)
Trecho do Juramento de Hipócrates
"Juro (...) Aplicar os tratamentos para ajudar os doentes conforme minha habilidade e minha capacidade, e jamais usá-los para causar dano ou malefício. Não dar veneno a ninguém, embora solicitado a assim fazer, nem aconselhar tal procedimento. Da mesma maneira não aplicar pessário em mulher para provocar aborto. Em pureza e santidade guardar minha vida e minha arte. Não usar da faca nos doentes com cálculos, mas ceder o lugar aos nisso habilitados. Nas casas em que ingressar apenas socorrer o doente, resguardando-me de fazer qualquer mal intencional, especialmente ato sexual com mulher ou homem, escravo ou livre. Não relatar o que no exercício do meu mister ou fora dele no convívio social eu veja ou ouça e que não deva ser divulgado, mas considerar tais coisas como segredos sagrados. Então, se eu mantiver este juramento e não o quebrar, possa desfrutar honrarias na minha vida e na minha arte, entre todos os homens e por todo o tempo; porém, se transigir e cair em perjúrio, aconteça-me o contrário".
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Ao Pedro Segundo, tudo ou nada?!
Outro dia no ônibus, um senhor com uns 70 anos de idade me olhou, e vendo que eu estava com o uniforme do cp2, me perguntou: “Você estuda no Pedro Segundo?”. Como sempre, eu respondi educadamente que sim. O senhor sorriu e disse emocionado: “Eu tenho orgulho de ter estudado lá. Até hoje eu fico lembrando dos tempos da escola, das pessoas, é engraçado como depois de velho a gente lembra dessas coisas. Me orgulho MUITO de ter estudado lá.” Eu sorri, e respondi que também me orgulhava de estudar lá. O senhor também sorriu, e me desejou felicidade.
Não que eu não esteja acostumada com isso, porque as pessoas sempre param na rua pra cantar a tabuada, falar bem do colégio...Mas eu nunca tinha visto alguém falar com tanta emoção como esse senhor hoje, com tanto amor e orgulho. Aí que eu me dei conta que daqui há alguns meses, eu também serei uma ex-aluna, também vou parar as pessoas na rua, pra falar do colégio ou simplesmente cantar a tabuada. Pode parecer idiota, mas eu não consegui segurar as lágrimas. Eu comecei a pensar em tudo que já passei no colégio, como um filme. É inexplicável o que eu sinto por esse colégio. Não só eu, mas a maioria dos alunos. Nós sentimos um amor enorme, e assim como o senhor do ônibus, eu me orgulho em dizer que estudei em uma das melhores escolas públicas do país. Eu me orgulho em vestir o uniforme todos os dias, e esse ”fanatismo” é uma coisa que eu só vejo nos alunos do Pedro Segundo. Quando dizem que o aluno do Pedro Segundo é diferente, não é à toa. Não há um aluno que não diga, o colégio nos faz mudar o jeito de pensar, analisar, agir, nos torna mais humanos. Infelizmente, quem nunca estudou no cp2 nunca vai entender do que eu falo. Esse colégio é pra vida toda. É impressionante como em pouco tempo eu mudei tanto, me apeguei tanto e que apesar de reclamar algumas vezes, eu vou sentir muita falta. Quando me falavam que estudar no cp2 era diferente, eu não esperava que fosse tão diferente assim.
No que depender de mim, meus filhos vão estudar lá, quando eu terminar a faculdade eu serei professora de lá. E podem ter certeza, até os meus últimos dias de eu vou lembrar dos tempos maravilhosos que eu passei lá, assim como o senhor do ônibus.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Clareia minha vida, amor
É impressionante como essas três palavras arrancam sorrisos verdadeiros no meio de tanta confusão e tristeza.
Mas isso tudo só acontece quando as palavras são sinceras e inesperadas, e ao invés de agradecer, como tantas vezes eu faço, aqui vai minha retribuição: Eu te amo.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
12 dias.
Desculpe
O sol veio avisarque de noite ele seria lua.Pra poder iluminarAna, o ceú e o mar.
sábado, 18 de junho de 2011
Abstinência
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Nós Dois
Hoje na hora do almoço eu estava sentada a mesa com a minha mãe e de repente na casa vizinha começou a tocar uma das músicas que eu mais gosto. Sim, é MPB...estranho para alguém da minha idade né? Mas fazer o que? O meu gosto musical é muito influenciado pelo gosto dos meus pais. Foi engraçado por que a música tocou bem na hora que os meus pensamentos estavam girando em tordo de um assunto que a música expressa bem. Provavelmente foi só coincidência, mas me fez sorrir. Bem, vou colocar a letra dela aqui, por que eu acho linda, e não sei, ela apareceu de forma tão inusitada, dessa forma achei oportuno fazer isso.
“E nós que nem sabemos quanto nos queremos
Que nem sabemos tudo que queremos
Como é difícil o desejo de amar
Você que nem me soube quanto eu quis
Que não coube, não me viu raiz
Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu da janela olhando a lua, perguntando a lua
Onde você foi amar?
E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós, laçados em dois nós
Um que é meu beijo o outro é o lábio seu
Não sei sair cantando sem contar você
Que eu sei cantar, mas conto com você
Que eu vou seguir, mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida donde ela vier
Ganhar seu
Chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu”
(Tadeu Franco)
quarta-feira, 8 de junho de 2011
"Para Meu Amigo"
Sendo eu as vezes tão injusta em meus julgamentos...
Só posso pedir perdão e dizer que TE ADORO.
Meus humores suscetíveis até a mudança de tempo,
minhas convicções as vezes tão longe daquilo que imagina...
Minhas pequenas manhas de menina e meus enormes traumas de mulher.
Me pergunto a cada dia como suporta, mas penso que se somos amigos de verdade, apesar das minhas tolices e das minhas pequenas críticas, a amizade deve falar mais alto.
Muitos dos meus, agora, raros sorrisos são motivados por você e por isso eu só posso dizer
OBRIGADA
Seus abraços nas horas mais inusitadas , ou em qualquer hora, fazem de mim uma pessoa mais forte.
Tão absorvida pelos meus temores e pesares, muitas vezes não reconheço seus esforços, mesmo os bem pequenos, na intenção de me animar e por isso eu peço DESCULPAS.
Pelas horas, ou melhor, pelos dias de felicidade que me proporcionou...
Pelos momentos que dividimos até agora e por todos que com certeza ainda vamos dividir...
Pelas lágrimas e por meus lamentos....
E por tudo aquilo que suportou e vai suportar...
EU TE AMO.
Amigo, ainda que eu possa parecer ingrata...
Ainda que pareça que não o noto...
Lembre-se a todo momento que sua existência em minha vida fez e ainda faz toda diferença.
Não se esqueça nunca de mim Aliel
Porque aqui, em meu coração, está e sempre estará seu nome, escrito bem embaixo das seguintes palavras:
PARA SEMPRE"
Aos Passos.
domingo, 5 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
A Contrasenha.
domingo, 29 de maio de 2011
Valete
sábado, 28 de maio de 2011
Significados ♪
sexta-feira, 27 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Cicatrizes
Eu me acho uma pessoa um tanto quanto fria, mas isso só acontece às vezes, até porque poucas pessoas são tão passionais como eu. E não pense que eu acho isso uma virtude. Não mesmo. E é por isso que eu acho que o Dr. Spock talvez seja o ser mais satisfeito do universo, afinal não ter sentimentos deve poupar muito sofrimento. Enfim, eu disse que me acho fria de vez em quando porque eu não consigo entender bem como uma pessoa pode ter tanto efeito sobre outra. Não é engraçado, é apenas estranho. Talvez eu não entenda, porque, eu me poupo, ou por que logo no início de uma relação eu já me proponho a não sofrer caso algo dê errado. O mais estranho é que eu sempre me jogo de cabeça em todos os relacionamentos, sempre sinto tudo de forma muito intensa. Mas apesar de tudo eu nunca sofri muito com os términos. Chorar? Ôh, como chorei! Mas foi só isso, um choro para lavar o corpo de dentro para fora e prepará-lo para outra relação. Sempre esperando que seja melhor que última. Mas me afetar? Sofrer a ponto de não ser mais eu mesma? Nunca! Acho que fui melhorando a cada decepção, me tornando mais gente, mais esperta, até mesmo mais corajosa.
Essa semana eu assisti a vários filmes românticos e eu vejo como me identifico com alguns personagens, e esses são sempre aqueles que saem juntando os cacos, seus e dos outros, tentando se reconstruir e ajudar os outros a fazer o mesmo. Afinal de contas a vida é assim, ela deve ser vivida, não importa quantas decepções tivemos ou quantas teremos. Sempre que nos reconstruímos estamos sujeitos a outra batida, que nos fará quebrar novamente, mas mais uma vez cataremos os pedacinhos e os colaremos, na esperança de que não se rompam, mesmo sabendo que pode acontecer de novo e mais uma vez. “Vamos viver o que há para viver”(Cazuza) afinal “É a vida, é bonita, é bonita”(Gonzaguinha) e mesmo que soframos “a gente não pode perder o interesse pelas coisas: Há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas” (Caio de Abreu). E carregaremos as cicatrizes da vida, dos amores perdidos, dos afastamentos, das várias vezes que nos quebramos, com alegria, sorrindo ao olhá-las. “Temos de ver as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo(...) Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi!” (Caio de Abreu).
Sobrevivemos! E vivemos na espera do novo. E bem, por falar em espera, eu termino por aqui, já que um pequeno dever de física me aguarda em cima da mesa.
domingo, 15 de maio de 2011
Piloto Automático
Não vou reclamar de nada. Não, hoje. Não vou dizer o poderia ser feito para tudo melhorar, mesmo porque eu não sei isso. Vou dizer sobre o que está, e somente superficialmente.
Quero dizer, Tá tudo bem, mas tá tudo errado.
Não estou vivendo da maneira certa.
Vivo o passado como se fosse possível que isso me levasse à alguma coisa.
É como se eu fosse uma pupa presa dentro de uma canudinho, me construindo para voltar a ser uma larva, e não uma mosca, mas isso é impossível e mesmo se eu conseguir, vou estar sempre preso no canudo.
Me sinto como se estivesse anestesiado. Sinto sentimentos fluindo ao meu redor. Vejo as pessoas sorrirem e conversarem. Eu também estou ali, também estou sorrindo e conversando. Mas estou anestesiado. É como se eu entendesse o que eu deveria sentir naquele momento, mas não sinto.
Sorrio sem estar feliz e choro sem estar triste. Me surpreendo sem tomar um susto de verdade e nem o tédio me entedia tanto quanto antes.
Nada me afeta demais, nada me afeta de menos. E eu nem sei se isso é possível.
É como se todas as notícias tivessem o mesmo impacto sobre mim.
É como se todas as coisas pudessem se refazer e eu não ia nem ligar.
É como se o tempo estivesse parado e eu o visse passando na televisão num canal de ficção científica.
É como se a parte de dentro estivesse adormecida, enquanto a parte de fora estivesse apenas no ...
domingo, 8 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Por Enquanto
mas eu sei que alguma coisa aconteceu.
'Tá tudo assim tão diferente.
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre,
sem saber, que o pra sempre, sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.
Quando penso em alguém só penso em você.
E aí, então, estamos bem.
Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está.
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz.
Estamos indo de volta pra casa.
(Renato Russo)
domingo, 1 de maio de 2011
Planeta Lágrima
Tão fora do lugar.
Por vezes eu debrucei, sozinho, da grade daquela rampa e mirei ao longe acenando para alguns amigos. Mas, ela também acenou. Só para depois perceber para quem eu realmente acenava, e tentar abafar o gesto. Ela nunca vai saber que eu reparei nisso.
Já ontem, fiz uma coisa do qual eu não me arrependo hoje, mas amanhã eu vou me lembrar das inúmeras vezes que eu bati a cabeça na parede falando que nunca mais eu faria aquilo outra vez.
Pego meu celular e vejo uma faixa negra atravessando o visor. Sorrio ao ver o nome que brilha nela. Agarro-me a vontade de tocá-la e a respondo com minha imaginação perto do cruzeiro do sul.
Ligo o msn e uma janela chama por mim. Perguntas sobre o convite que eu lhe prometi, mas nunca fui corajoso o suficiente para embarcar em seu navio.
Devo desculpas a quem eu fui tão idiota. Não acho que vou me fazer entender qualquer dia, mas posso fazer por onde ser desculpado.
Só nunca poderá dizer que eu não estive contigo, eu estive às ordens e aos princípios de um falso-namorado.
E então uma lágrima cai ao chão.
Viro-me devagar olhando até reconhecer a dona.
Tudo perde o sentido, a razão e a direção.
De repente aquela lágrima vira um dilúvio que lava a preocupação.
E então todo a escuridão do negro se esvai.
E é naquela lágrima que estou, e é naquele rosto que todo o meu verde se concentra.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Aos meus amigos
Não sei o que me inspirou hoje, mas eu resolvi que precisava escrever. Talvez seja o frio que está fazendo aqui, e olha que ainda nem é inverno, até imagino como vai ser quando ele chegar. Mas prefiro assim. Vou falar aqui sobre amizade. Amizade é o mais nobre dos sentimentos para mim. Talvez você esteja se perguntando. E quanto ao amor? E eu te respondo: A amizade é um amor que nunca morre. Eu sei, eu sei. A frase é super clichê, mas se você parar para pensar ela é muito verdadeira. Mas claro, não se engane ao pensar que eu falo sobre amigos que estão ao seu lado nas traquinagens e farras, não, não. Não é desses que eu falo. Eles também são ótimos, mas nem sempre são o que a gente realmente precisa. Eu falo sobre aquele amigo que está lá quando você está extremamente feliz, aquele que te abraça forte, e você sente uma coisa boa naquele abraço, aquele que te diz se você tem algo verde nos dentes, aquele que não deixa suas lágrimas caírem, aquele que te dá um tapa se for preciso, que te mostra como suas conclusões e interpretações são idiotas, aquele que te cobra de estudar, que fala com você “Olha a medicina hein?!”, que come uma bacia de pipoca inteira por você pois você estava de dieta, que não tem vergonha de chorar na sua frente e que no fim das contas você esta chorando junto com ele, aquele com quem você planeja fazer coisas no futuro mesmo sabendo que as coisas nem sempre dão certo, aquele que fica horas no telefone com você ouvindo seu papo sem graça e ainda assim se mostra interessado, aquele que te faz se sentir melhor só de você escutar sua voz, aquele que te faz rir nas horas mais impróprias, aquele que te faz rir de situações em que você estaria chorando, aquele que faz falta, mas tanta falta que chega a doer, nas férias, ou por conta da distancia entre as cidades.
E é por tudo isso que eu nunca, nunca mesmo quero perder os amigos que cultivei. Porque são eles que me dão forças quando eu me sinto cansada, eles que me fazem sentir musa e diva, eles que dizem as verdades que eu não quero ouvir, mas que eu preciso. E é a lembrança deles que eu levarei para a vida, quando eu contar aos meus filhos e netos sobre minha juventude.