sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ao fim.

Eu precisei ouvir você dizendo que me amava.
Que me amava e sempre me amou.
Que ao fim, me perdoava por ter estado tão longe por tanto tempo.
Me dando motivos para continuar respirando.
Me pedindo para te abraçar e nunca mais soltar.
Prometendo que nunca mais estaríamos longe um do outro.
Foi o dia mais feliz para mim.

Mas você disse adeus.
E mais uma vez, estamos mais longe um do outro do que já estávamos antes.

A única diferença, é que...

Eu sou diferente.
E você me amou exatamente por eu ser assim.
O que me faz diferente dos outros, o que fez teu coração me escolher é que eu penso igual a você.
Eu sei que de onde você estiver, você está me abraçando. Abraçando forte, e parece que nunca vai soltar.
Dizendo que não estamos longe.
E quando eu digo que te amo, já não sei mais se sou eu dizendo ou eu te ouvindo dentro da minha cabeça.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gritos

Silêncio.
Cale-se! - Diz o cego.
Faz-se ouvir do outro lado da margem que nunca foi vista.
Faz-se ouvir sozinho o eco.

Mudo não fala.
Mudos, ninguém fala nada.
O cego impõem a voz.
Dita o que fazer para uma população que nunca o questionou.
Dita para quem tem, o que ele deveria saber que tinham.

O reinado pela imposição. O reinado da voz.
Em reino de cego, quem não fala não governa.
O povo obedece fielmente o rei.
Mas eles cuidam de quem mais precisa.

Eles cuidam de seus olhos e suas bocas, para cuidarem do rei.
Gritam para que ele os veja.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Significado e Significante

But don't think its too late.

Nothing's wrong
just as long
as you know that someday I will.

Someday, somehow,
I'm gonna make it alright but not right now.
I know you're wondering when.
(You're the only one who knows that)
Someday, somehow,
I'm gonna make it alright but not right now.
I know you're wondering when.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Felipe

Hmm....

"- Acho que já é mais do que tempo de explicar para que diabos esse blog serve, né?
- Explicar pra quem? Só tem uma pessoa te seguindo, e assim como você e eu sabemos que ela está sem internet há séculos, ela também não lê as postagens daqui há muito mais tempo.
- Explicar para você."

Bem, é exatamente por esse motivo, representado acima, que eu estou fazendo esse blog.

*Rufem os tambores*

Porque existem dois Felipes
O Felipe que vai cantar uma música para te roubar um sorriso.
E o Felipe que vai xingar o calor e não ligar para nada ao redor.

Um Felipe que eu tento ser e o Felipe que tenta ser eu.
Mas não deixo de gostar ou desgostar de nenhum deles.

De um Felipe de qualidades e esperanças,
do outro um Felipe de defeitos e preconceitos.
A diferença é que ambos estão no mesmo corpo.
E brigam dentro de mim.

Contudo, o Felipe que tenta ser eu tem tido muito espaço, com muito mais frequência. E isso é ruim, desequilibra o Felipe, no geral.
Pois é, aqui será somente o Felipe sonhador, argumentando e contra-argumentando contra o outro. Afinal, ele é tão Felipe, quanto o outro jamais deixará de ser.

Contudo, Todavia, Entretanto, não será absurdo encontrar por vezes o outro Felipe em algumas palavras...
Afinal, quem escreve isso é o maluco do Felipe, né?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Menos do que palavras

Cruéis, irreversíveis, ditadoras ou bonitas.
Xulas, afetuosas, rudes, bem ou malditas.

São palavras e não mais do que isso.
Palavras não ferem. Palavras não brigam.
Palavras te socam como um ouriço
e como aranhas, não te mastigam.

São só palavras afinal
Maleáveis, como tal
Inútil, desnecessária, banal
Não mudarão o final
Como posso dizer que é irracional?
Não passam de um mero sinal!!
Infernal!
Divinal!
Além do real,
Meramente sentimental...

Palavras não ferem. Palavras não brigam.
Palavras significam menos do que palavras.

Palavras são apenas a parte... instrumental.
O problema é o intencional.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Confiança

Ela disse adeus.
Não foi um adeus daqueles de cinema. Não será mais um coração partido, caído, reprimido pelas palavras de uma boca. Mas não foi um adeus daqueles de se ouvir como normal. Não será mais uma despedida corriqueira, cotidiana, comum, oca. É só mais um adeus que vai pesar muito em algum momento. Um adeus que eu não vou saber até onde aguentar.
Mas não se pode evitar.
A má aventura da vida é saber que o errado é o que cria o certo. Nos mínimos detalhes se faz peso suficiente para que o outro lado não se sobressaia. Nos pequenos detalhes onde vemos coisas tão numerosas quanto o que podíamos ver antes. O equilíbrio aonde nada mais importa. Mas importa tanto que nos importamos.
Esse é o planeta terra. Esses são os humanos. Essa é a química que acontece em tudo que o mundo consegue pegar com seus longos braços da gravidade.
Então eu sei que o adeus, trás a despedida.
Mas, vendo com outros olhos, o que mais posso esperar agora, além do retorno de quem se sente falta?
Ficou longe tempo suficiente para eu saber que vai voltar à tempo e ainda não será tarde demais.
Se duvida, sente-se, espere e verá.