terça-feira, 31 de maio de 2011

A Contrasenha.

E como num passe de mágica, tudo ficou branco. Sumiu.
E no segundo estalar de dedos, tudo voltou a ser como era antes. Exceto por uma coisa.
Tudo estava diferente.

domingo, 29 de maio de 2011

Valete

Preciso ouvir tua voz. Esticar a mão e te alcançar. Te abraçar bem forte.
Sua timidez exagerada, que comigo, é substituída pela simples felicidade.
A tua bobeira que só pra mim faz todo sentido do mundo.
Seu fluxo de polvos se misturando com os meus.

Nem pense em me negar o calor de tuas palavras.
Lugar onde me mal-acostumei a me refugiar do frio, do medo. Do mundo.
O grafite, que cruza a folha, fez, do cinza, todas as tuas cores.
As cores que jamais sairão da minha folha, da minha cabeça.

Penso que tudo que já acontece, poderá ser ainda melhor com um alguém que eu realmente mais quero pra mim.
Mas, quando penso assim, desejo estar com a mesma pessoa.
Porque eu já estou com quem eu queria estar.
Isso deve fazer sentido. Deveria.

sábado, 28 de maio de 2011

Significados ♪

Oração - A banda mais bonita da cidade
Science - System of a Down
Go with the Flow - Queens of the Stone Age
The zephyr song - Red Hot Chili Peppers
Know - System of a Down
Vermilion pt. 2- Slipknot
The view from the afternoon - Arctic Monkeys
Viva la Vida - Coldplay
Little Sisters - Queens of the Stone Age
Wait and Bleed - Slipknot
Shimmy - System of a Down
Fluorescent adolescents - Arctic Monkeys
Não há de ser nada - O Teatro Mágico

Em breve as significantes (:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

M.L.

"A menina perfeita é aquela que ninguém gosta, ou que todo mundo ama, mas que não faz diferença, porque quando você está com ela, a maneira como ela te envolve, seja ela como for, é suficiente para te convencer de que ela, com certeza, não é como as outras."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cicatrizes

Estou aqui, sentada na minha cama, escrevendo em uma folha de caderno. Confesso que estou cansada, afinal segundas feiras são sempre cansativas, ainda mais quando se tem muitas aulas de matemática. Minha irmã está no computador fazendo trabalho, e eu deveria estar fazendo meu dever de física, mas não acho possível me concentrar quando tenho 1000000 de pensamentos me atormentando. Alguém, cujo nome eu não me lembro, disse uma vez: “A melhor maneira de se esquecer uma mulher é transformá-la em literatura”. Pois bem, eu não quero esquecer de mulher nenhuma, por isso vai aqui a minha frase: “Pensamentos te atormentam? Coloque-os no papel!” Enquanto tento organizar as idéias reparo que minhas unhas estão da cor das linhas dessa folha. Azuis. Como diz a Regina Spektor: “Blue...The most human color”. Coloquei um dos meus Cd’s favoritos para tocar (a trilha Sonora de 500 dias com ela) e isso me faz voltar para o assunto que me impulsionou a escrever este texto.

Eu me acho uma pessoa um tanto quanto fria, mas isso só acontece às vezes, até porque poucas pessoas são tão passionais como eu. E não pense que eu acho isso uma virtude. Não mesmo. E é por isso que eu acho que o Dr. Spock talvez seja o ser mais satisfeito do universo, afinal não ter sentimentos deve poupar muito sofrimento. Enfim, eu disse que me acho fria de vez em quando porque eu não consigo entender bem como uma pessoa pode ter tanto efeito sobre outra. Não é engraçado, é apenas estranho. Talvez eu não entenda, porque, eu me poupo, ou por que logo no início de uma relação eu já me proponho a não sofrer caso algo dê errado. O mais estranho é que eu sempre me jogo de cabeça em todos os relacionamentos, sempre sinto tudo de forma muito intensa. Mas apesar de tudo eu nunca sofri muito com os términos. Chorar? Ôh, como chorei! Mas foi só isso, um choro para lavar o corpo de dentro para fora e prepará-lo para outra relação. Sempre esperando que seja melhor que última. Mas me afetar? Sofrer a ponto de não ser mais eu mesma? Nunca! Acho que fui melhorando a cada decepção, me tornando mais gente, mais esperta, até mesmo mais corajosa.

Essa semana eu assisti a vários filmes românticos e eu vejo como me identifico com alguns personagens, e esses são sempre aqueles que saem juntando os cacos, seus e dos outros, tentando se reconstruir e ajudar os outros a fazer o mesmo. Afinal de contas a vida é assim, ela deve ser vivida, não importa quantas decepções tivemos ou quantas teremos. Sempre que nos reconstruímos estamos sujeitos a outra batida, que nos fará quebrar novamente, mas mais uma vez cataremos os pedacinhos e os colaremos, na esperança de que não se rompam, mesmo sabendo que pode acontecer de novo e mais uma vez. “Vamos viver o que há para viver”(Cazuza) afinal “É a vida, é bonita, é bonita”(Gonzaguinha) e mesmo que soframos “a gente não pode perder o interesse pelas coisas: Há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas” (Caio de Abreu). E carregaremos as cicatrizes da vida, dos amores perdidos, dos afastamentos, das várias vezes que nos quebramos, com alegria, sorrindo ao olhá-las. “Temos de ver as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo(...) Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi!” (Caio de Abreu).

Sobrevivemos! E vivemos na espera do novo. E bem, por falar em espera, eu termino por aqui, já que um pequeno dever de física me aguarda em cima da mesa.

domingo, 15 de maio de 2011

Piloto Automático

Não vou escrever sobre dor hoje. Muito menos sobre sofrimento ou sobre tristeza. Tampouco felicidade. Afinal, não é só disso que escrevo.
Não vou reclamar de nada. Não, hoje. Não vou dizer o poderia ser feito para tudo melhorar, mesmo porque eu não sei isso. Vou dizer sobre o que está, e somente superficialmente.
Quero dizer, Tá tudo bem, mas tá tudo errado.
Não estou vivendo da maneira certa.

Vivo o passado como se fosse possível que isso me levasse à alguma coisa.
É como se eu fosse uma pupa presa dentro de uma canudinho, me construindo para voltar a ser uma larva, e não uma mosca, mas isso é impossível e mesmo se eu conseguir, vou estar sempre preso no canudo.
Me sinto como se estivesse anestesiado. Sinto sentimentos fluindo ao meu redor. Vejo as pessoas sorrirem e conversarem. Eu também estou ali, também estou sorrindo e conversando. Mas estou anestesiado. É como se eu entendesse o que eu deveria sentir naquele momento, mas não sinto.
Sorrio sem estar feliz e choro sem estar triste. Me surpreendo sem tomar um susto de verdade e nem o tédio me entedia tanto quanto antes.
Nada me afeta demais, nada me afeta de menos. E eu nem sei se isso é possível.
É como se todas as notícias tivessem o mesmo impacto sobre mim.
É como se todas as coisas pudessem se refazer e eu não ia nem ligar.
É como se o tempo estivesse parado e eu o visse passando na televisão num canal de ficção científica.
É como se a parte de dentro estivesse adormecida, enquanto a parte de fora estivesse apenas no ...

domingo, 8 de maio de 2011

"Não fique triste, ok?
Quem sabe a gente não se encontra nos sonhos?"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por Enquanto

Mudaram as estações, nada mudou,
mas eu sei que alguma coisa aconteceu.
'Tá tudo assim tão diferente.

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre,
sem saber, que o pra sempre, sempre acaba?

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.
Quando penso em alguém só penso em você.
E aí, então, estamos bem.

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está.
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz.
Estamos indo de volta pra casa.

(Renato Russo)

domingo, 1 de maio de 2011

Planeta Lágrima

Tudo está tão errado.
Tão fora do lugar.

Por vezes eu debrucei, sozinho, da grade daquela rampa e mirei ao longe acenando para alguns amigos. Mas, ela também acenou. Só para depois perceber para quem eu realmente acenava, e tentar abafar o gesto. Ela nunca vai saber que eu reparei nisso.

Já ontem, fiz uma coisa do qual eu não me arrependo hoje, mas amanhã eu vou me lembrar das inúmeras vezes que eu bati a cabeça na parede falando que nunca mais eu faria aquilo outra vez.

Pego meu celular e vejo uma faixa negra atravessando o visor. Sorrio ao ver o nome que brilha nela. Agarro-me a vontade de tocá-la e a respondo com minha imaginação perto do cruzeiro do sul.

Ligo o msn e uma janela chama por mim. Perguntas sobre o convite que eu lhe prometi, mas nunca fui corajoso o suficiente para embarcar em seu navio.

Devo desculpas a quem eu fui tão idiota. Não acho que vou me fazer entender qualquer dia, mas posso fazer por onde ser desculpado.
Só nunca poderá dizer que eu não estive contigo, eu estive às ordens e aos princípios de um falso-namorado.

E então uma lágrima cai ao chão.
Viro-me devagar olhando até reconhecer a dona.
Tudo perde o sentido, a razão e a direção.
De repente aquela lágrima vira um dilúvio que lava a preocupação.
E então todo a escuridão do negro se esvai.
E é naquela lágrima que estou, e é naquele rosto que todo o meu verde se concentra.