quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Descrenças

O que for e o que há de ser, só será representado no fim dos tempos. Até adianta de alguma forma a procura, a busca e a equivalência, mas esta loucura não terá um término até que tudo se acabe de vez. E todos vão querer caminhar sobre a terra novamente, até os que fugiram da vida. Eles desejam ver aquilo pelo que se viveu e pelo que se lutou. Querem ver o desfecho da história pela qual tantas vidas definharam e tanta energia foi desperdiçada.
Não se preocupe, crianças. Não há o que temer exatamente por não haver como lidar com isso. Mesmo que vocês não entendam, não sintam medo. Estiquem suas mãos e apertem-no. Não é estranho? Vocês querem saber o que é isso? Todos querem.
Os adultos o encararão como o salvador e alegarão que, por toda sua vida, esperaram seu retorno. Não é como se isso fosse mentira, mas não passa nem perto da verdade. Adultos tem metade da cabeça bem encaminhada. A outra metade, eles deixaram-se levar, e esta acaba contaminando toda sua existência.
Os velhos demais não aceitarão sua existência. O verão como algo a moderno demais para ter a sua crença e virarão as costas, descrentes..
E por fim, eu vou entendê-lo como eu sempre o imaginei. Negligente até a raiz de todos os nossos cabelos.
Ai de quem me negar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amor eterno

É com uma pontinha de tristeza no coração e muita emoção que eu escrevo esse texto.
2011 definitivamente foi um ano de altos e baixos. Brigas aconteceram, amizades acabaram, amores se perderam. Desculpas foram pedidas, amizades renasceram e amores floresceram. Sem arrependimentos.
A minha única grande tristeza de 2011 é deixar para trás um dos maiores amores da minha vida. Pelo menos por enquanto.
É um ciclo que se fecha, talvez o mais importante para o meu amadurecimento. Na minha memória ficará gravada toda a essa trajetória, todas as lembranças e acontecimentos de três anos muito bem vividos e aproveitados. E cravadas no meu peito, ficarão as estrelas que me acompanharam por todo esse tempo.
Porque esse orgulho estampado no peito, esse amor imenso, jamais será esquecido. É uma daquelas coisas que ficam com a gente até quando nós estamos velhinhos. É aquele tipo de memória que a gente conta pros nossos filhos, netos, bisnetos. É aquele tipo de amor que a gente quer ter a vida toda, mas pensa que só encontra nas pessoas. Mas eu vos digo, eu encontrei esse amor em um lugar. Um lugar com um único defeito: Não ser eterno. Mas que para mim, apesar de tudo, continua sendo perfeito. Um lugar onde eu posso rir, chorar, festejar. Um lugar onde eu encontro a paz, sabedoria e alegria. Esse, é o lugar que eu vou deixar meu coração, com a certeza de que um dia eu vou voltar para buscá-lo.
É com muito amor e carinho, com muita tristeza e sofrimento que eu digo: Até breve, Pedro Segundo!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aurora

Esse texto não será nenhuma crônica, narração ou poesia, digamos que este será um texto sem estilo, apenas um carregado de sentimentos. Bom, o que dizer? Já vou logo avisando que o texto será recheado de clichês, e palavras que não são minhas, e essa constante metalinguagem que eu tenho usado. Então, aqui vão minhas pobres palavras:

Meu professor de biologia, toda vez que falávamos sobre evolução e ecologia, dizia: "A vida é um ciclo sem fim." Porém, de certa forma, não concordo com essa frase. Para mim, a vida é na verdade, composta de vários ciclos, que terminam um dia. Mas talvez ele esteja certo, talvez seja mesmo sem fim, mas seja cheia de novos começos, que de certo modo encobrem o ciclo descrito anteriormente. Outra frase que expressa bem o que eu quero dizer vem de um dos meus filmes favoritos, daqueles que me fazem chorar toda vez, mesmo que eu já tenha visto milhões de vezes. "Toda história tem um final, mas na vida cada final é um novo começo." E o que pode ser melhor que isso? Dizem que todo primeiro raio de sol vem embebido de esperança, e o que é o amanhecer, se não um belo recomeço? Sinto-me honrada por ser parte dessa alvorada, e espero que ela tenha doses infinitas da mais pura esperança e mais puro amor. Elementos esses, que são os componentes principais do nosso remédio vital. Os finais deixam sim saudades, mas elas são interrompidas por sorrisos e batimentos acelerados que o recomeço nos dá.

"Tudo tem seu apogeu e seu declínio...É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos 'o nada', eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço" (Chico Xavier)

De mãos dadas fechamos um ciclo, dando assim, não o primeiro, mas os passos necessários, para o novo, o seu, o meu, o nosso. Felizes continuaremos, de mãos dadas, porque o nosso ciclo, será cheio de recomeços, terá despedidas, risos e choros, mas continuaremos juntos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ana e o mar

Toda vez que eu olho nos teus olhos, vejo o brilho do teu olhar, penso que é no meu coração que esta imagem deveria para sempre ficar. Não no coração de outrem, e sim apenas no meu, meu bem. Se eu pudesse, guardaria esse olhar infindo, pois este para mim é o presente mais lindo. Ah, meu anjo, se tu me destes teus olhos para que eu tomasse conta, eu nunca haveria de partir, como na música de Chico, pois tamanha prova de amor, eu não abdico. Para mim não importa se me fazes sofrer, se me fazes penar. Não me importo de chorar, se for para descobrir o que quer me dizer este teu olhar. Não me importa se és como um livro difícil para interpretar, não me importa se teus olhos são como uma janela opaca, impedindo-me de revelar o teu olhar, pois ao mesmo tempo que tens no olhar essa névoa densa e opaca, também tens estes os olhos de ressaca, revoltos como a mar, que me fazem querer mergulhar e sonhar. E mesmo que teu olhar me engane, agindo sempre como uma Capitu cigana, oblíqua e dissimulada, sei que sem teus olhos eu não sou nada.
Pois só há um lugar onde a paz eu sempre poderei encontrar.

sábado, 5 de novembro de 2011

Assim tão louco.


E por vezes você volta a minha mente.
Bate falta de você do passado ao presente.
Não é porque eu quero que fique, mas não se vá.
Não é como se eu desistisse, mas não voltaremos a tentar.

Porque é como você disse um dia.
Você sempre esteve aqui, só eu não via.
Como antes, tudo que eu quero é que as coisas deem certo.
Pode até ser que eu termine mal, mas ainda triste, da felicidade, estarei mais perto.

E que quando chegarmos no fim, que tudo isso ainda importe.
Os laços que criamos ligam todos nós, por sorte.
É estranho saber que tudo que sentimos, sentimentos velhos e passíveis.
Possam mudar, melhorar ou continuar como sempre foram. Imbatíveis.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Não quero que nada mude.
Mas nos sonhos confusos é como se eu gritasse: "Por favor, me ajude!"
Nem ouvir: "Éramos só adolescentes naquela época tão louca!"
Um comentário vazio, de tristeza, minha voz fica rouca.

Amei você, e por isso, te quero bem.
Mas é o meu amor falando, lembra dele? "Acabem!"
Não desvio meus pensamentos. Olho pra cima e vejo o céu.
Piscam as estrelas e é a que mais brilha nesse imenso véu.

Deito a deriva e sinto aquele frio.
Como se fosse cair pra cima, me sobe um calafrio.
Mas as luzes ao redor me trazem de volta, são os brilhos civis.
E de tão longe, eu só quero é ser feliz.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Se lembra o que você me disse antes de ir?
"Se cuida." Eu ia responder: "Te amo.". Você nem quis ouvir.
Sei que te fiz esperar, mas acho que o que você fez foi pior.
Senti a sua dor, só que ela me fez bem maior.

Te esperei por mais tempo do que devia e ainda espero.
Acho que até a próxima, eu deva esperar um tempo enquanto me regenero.
Vejo sua sombra voltando ainda bem distante.
É a volta que eu mais aguardei, que foi mais importante.

Apesar de que, talvez quando você voltar eu ainda esteja aqui.
Talvez não.
Talvez você entenda as coisas que escrevi.
Talvez não.
Talvez se interesse e queira saber das coisas que ouvi.
Talvez não.
Talvez entenda minha história e me espere do outro lado. Duma coisa todos temos certeza: Eu vivi.
Talvez não.

Desculpe essa melancolia.
Talvez seja essa nostalgia
que me deixa assim tão louco.
Mas gritamos alto:
"Da felicidade, todos acabamos roubando um pouco."

Que cada um possa se encontrar nessa tempestade.
E, meu amor, que seja feita nossa vontade.

domingo, 23 de outubro de 2011

Futuros Amantes

Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo. Se eu pudesse, eu repetiria isso o dia inteiro, até você se cansar. Eu não esconderia de ninguém, eu diria para céus e mares. Se isso fosse possível, essas seriam as únicas palavras que sairiam da minha boca. Meus braços serviriam apenas para a te abraçar, e meu sorriso, apenas para te alegrar.
Se eu pudesse, cantaria canções de ninar para te acalentar, secaria teu pranto quando este fosse rolar, e beijaria tua testa para te confortar. Estaria aqui o tempo todo, unica e exclusivamente para você.
Se eu pudesse, acabaria com todas as tuas dores, todos os teus desamores. Faria o mundo mais belo o possível, só para que você pudesse contemplá-lo, moldaria tudo do jeito que fosse perfeito para você. Por mim, você seria o homem mais feliz do mundo.
Seria também o homem mais amado do mundo. Seria o dono de um amor tão puro, tão simples, sem existe maldade aparente, ou razão que entenda.
Sim, por você eu faria tudo isso e mais um pouco, simplesmente com o propósito de te mostrar eu me sinto, para que você sentisse apenas uma parte do que eu sinto quando estou ao seu lado.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Manage me, I'm a mess

Medo e incerteza. Essas duas palavras tem resumido meus últimos dias. Sinto-me presa à indecisão. A competitividade me envenena junto com o ciúme, ambos fazendo minha cabeça formular pensamentos que ecoam e arrepiam até os ossos. Já é a reta final, o último fôlego antes do mergulho, e eu me vejo sem a capacidade de inspirar.

Busco consolo no abraço conhecido, que me ajuda por alguns minutos. Depois fico sozinha de novo. Não quero sair da cama e ter que dar satisfação a ninguém, afinal, poucos acreditam realmente em mim. A voz em minha cabeça insiste em me torturar. O telefone toca. Hora de desabar e deixar as lágrimas aparecerem para quem eu tenho certeza que nunca irá deixa-las cair. Conto meus medos, digo minhas incertezas, despejo rios de lamentos e do outro lado da linha ouço uma voz áspera que me faz engolir o choro de uma só vez, dolorosamente. “Confiança! Eu te amo e você consegue!”, ouço essas lindas palavras ditas de forma rude, com um nó na garganta. Minha voz trêmula profere palavras de concordância embebidas de saudade. Desligo o telefone, tento me recompor. Não quero que perguntem a razão da minha tristeza. Deito n cama novamente, ainda há um resquício de dor em meus olhos. Volto para os pequenos braços conhecidos que secam minhas lágrimas que brotaram de novo. Um cílio cai. Fazemos um pedido, e eu peço para que o medo que me congelar não tenha fundamento, mas o cílio não fica comigo. Rio ironizando a situação, e digo qual havia sido meu pedido, então ouço sua voz macia: “Eu também pedi por você...”. Uma cachoeira de lágrimas temperadas com carinho, emoção e uma pitada de dor, caem novamente. “Confie em você mesma como eu confio.”, ouço. Sorrio meio triste e pergunto a razão da confiança, ela diz então: “Você é minha irmã mais velha, minha inspiração”. Um abraço forte sela uma amizade consanguínea, um beijo seca a última lágrima que caiu. No meu celular vejo uma mensagem que me faz sorrir, e me dá forças para levantar da cama espaçosa e lavar o rosto.

Com a cabeça erguida eu caminho em direção à porta, lembrando-me da história do sapo surdo que, por não ouvir os gritos de desencorajamento, escalou o mais alto cume. Subo as escadas com o peito inflado e olhar confiante, pronta para a guerra. Afinal de contas... ELES confiam em mim. Não preciso de mais nada.