segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ana e o mar

Toda vez que eu olho nos teus olhos, vejo o brilho do teu olhar, penso que é no meu coração que esta imagem deveria para sempre ficar. Não no coração de outrem, e sim apenas no meu, meu bem. Se eu pudesse, guardaria esse olhar infindo, pois este para mim é o presente mais lindo. Ah, meu anjo, se tu me destes teus olhos para que eu tomasse conta, eu nunca haveria de partir, como na música de Chico, pois tamanha prova de amor, eu não abdico. Para mim não importa se me fazes sofrer, se me fazes penar. Não me importo de chorar, se for para descobrir o que quer me dizer este teu olhar. Não me importa se és como um livro difícil para interpretar, não me importa se teus olhos são como uma janela opaca, impedindo-me de revelar o teu olhar, pois ao mesmo tempo que tens no olhar essa névoa densa e opaca, também tens estes os olhos de ressaca, revoltos como a mar, que me fazem querer mergulhar e sonhar. E mesmo que teu olhar me engane, agindo sempre como uma Capitu cigana, oblíqua e dissimulada, sei que sem teus olhos eu não sou nada.
Pois só há um lugar onde a paz eu sempre poderei encontrar.

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