A mancha negra no alvo impávido.
A nuvem de chuva que tapa o sol num dia azul de praia.
A pinta marrom que torna o cavalo malhado ao puro branco valorizado.
É só uma montanha que sofre de todas as dores.
As dores que lá debaixo não se sente.
Onde, pudera? Eles vivem felizes e alegres.
Na montanha vive-se das dores de lá debaixo.
É só uma montanha pior do que tudo isso.
O desvalor do cavalo.
A intolerância da nuvem negra no resto dos céus.
Mas ninguém queria estar em meu lugar.
É só uma montanha com uma árvore.
Uma árvore cinza na montanha preta e branca.
Me agarro à árvore imóvel para não deixá-la ir embora.
Rio sozinho das dores que ninguém mais sente.