— Sentirei sua falta. — disse inconsolável, com a cabeça entre os joelhos.
"Não vai." — replicou a voz em sua cabeça.
— Ela se foi. Não poderei mais te ouvir. — a emoção escorria-lhe pelos olhos.
"Não é tão simples assim, pequeno." — ela insistiu. — "Os brilhos de outras luzes ofuscarão a tua vista, mas você não vai se livrar dos meus assim tão fácil."
— Eu não quero mais ninguém. — retrucou levantando a cabeça triunfante.
" Por enquanto." — e sumiu.
(Anos depois)
— Você está aí? — perguntou a esmo.
"Sempre."
— Não senti sua falta. — disse receoso.
"Entende o porquê?" — perguntou, amistosa.
— Entendo. Sempre esteve comigo. — esclareceu.
"Sempre." — respondeu, feliz.
— Mas coisas mudaram. — disparou.
"Sim." — sem deixar de parecer feliz.
— Não sentirei a sua falta. — disse, cabisbaixo mais uma vez.
"Entendo. De qualquer forma, ainda estarei aqui."
— Essa é a pior parte. — triste, disse.
"Até."
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