Olho para baixo e vejo a cidade. As luzes brilham forte, me convidando a cair. Adrenalina pura, consequências fatais.
Olho para cima e vejo estrelas cintilando. Brilham como se fossem apagar à qualquer instante. Procurando olhos curiosos para mostrar toda sua extraordinariedade.
Olho para baixo e vejo luzes piscando. Fazem sombra nas outras luzes para pedir passagem. Acharam mais um moribundo para salvar.
Olho para cima e vejo a escuridão. O manto da deusa que me amedronta com sua vasta imensidão. Suas imagens me despertam interesse e quero guardá-las todas para mim.
Olho para baixo e vejo a escuridão. O manto da alvenaria que me envergonha com tamanha repudia. Suas imagens me fazem sentir saudade da Mãe e quero reconstruir todas.
Olho para cima e vejo tudo.
Olho para baixo e vejo tudo errado.
Sinto que não pertenço ao meu lugar.
Algum lugar há de me pertencer, então.
Noto que ... esperança morta torna-se medo.
Morro de medo de ver ao meu redor.
Olho pra dentro e ... não vejo.
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